São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002

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PANORÂMICA

CONTÁGIO EUROPEU

Ações espanholas caem sob efeito brasileiro; Telefónica recua 8,3%
A crise brasileira afetou ontem as ações das empresas européias que têm investimentos no Brasil. Os efeitos foram mais sentidos na Bolsa de Madri, mas houve impacto também nos mercados de Milão e de Amsterdã. Com a desvalorização do real, o faturamento das companhias encolhe quando transformado para dólares ou euros. Ao mesmo tempo, os ativos dos europeus no país perdem valor.
Entre os maiores perdedores estiveram os bancos, pelo medo de o Brasil decretar moratória, como ocorreu com a Argentina no ano passado.
O índice Ibex, da Bolsa de Madri, recuou 4,09%, devido sobretudo ao contágio brasileiro. As ações da Telefónica caíram 8,3%, e os papéis do Santander perderam 10,7% de seu valor. O BBVA, que tem presença menor do que o concorrente no país, caiu 6,8%.
Na Bolsa de Amsterdã, as ações do ABN Amro perderam 7,6% ontem. O grupo de supermercados Ahold, que tem grande presença na América Latina, viu suas ações recuarem 6,3%.
Em Milão, os papéis da BNL (Banca Nazionale del Lavoro) perderam 7,2%. Desde o começo do ano o grupo já perdeu cerca de 35% de seu valor por causa das perdas sofridas na América Latina e das perspectivas ruins para a região nos próximos meses. As ações do Intesa, que está tentando vender sua unidade brasileira ao banco Itaú, recuaram 2,8% ontem e já caíram 18% no ano.
O índice FTSE 300, composto pelas 300 maiores empresas da região, caiu 0,55%. Mas, mais do que o Brasil, a queda na confiança do consumidor norte-americano conteve o ânimo nas principais Bolsas do continente, que anteontem tiveram as maiores altas em 15 anos. A Bolsa de Londres caiu 0,52% e a de Paris, 0,47%. Frankfurt fechou em alta de 0,5%. (DA REDAÇÃO)


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