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DOHA
Fim dos subsídios tem data fixa
OMC deve aprovar texto de liberalização
DA REPORTAGEM LOCAL
A OMC (Organização Mundial
do Comércio) deve aprovar hoje o
rascunho do acordo para a liberalização comercial dos países-membros da instituição.
A União Européia e os EUA expressaram apoio ao documento
divulgado ontem. Outros países,
porém, ainda não deixaram claro
se vão endossar o rascunho.
"O show ainda está longe do
fim", disse o ministro do Comércio da Holanda, Laurens Jan Brinkhorst. "Há ainda obstáculos consideráveis a superar."
"Alguns elementos cruciais ainda precisam ser trabalhados", disse Luiz Felipe Seixas Corrêa, embaixador do Brasil na OMC.
O documento diz que os países-membros devem aumentar os esforços para chegar a um consenso. O rascunho propõe ainda a
criação de uma data fixa para o
fim dos subsídios à exportação. A
UE aceitou a proposta, mas exigiu
reciprocidade dos EUA.
Sobre a acesso a mercados, o
documento diz que deve ser adotada uma fórmula que faça com
que, quanto maior a tarifa aplicada aos produtos, maior o corte.
Em contrapartida, os países ricos pediram proteção para seus
produtos "sensíveis".
"O texto de hoje [ontem] foi baseado nas propostas do NG5
[Brasil, Índia, EUA, UE e Austrália]. Em tese, o texto tem grande
potencial de aprovação", disse Pedro de Camargo Neto, da Sociedade Rural Brasileira e ex-negociador agrícola do governo FHC.
Se aprovada, a "moldura", como é nomeado o rascunho no
meio diplomático, vai ser um passo para o avanço da rodada de liberalização comercial. O documento não deve conter fórmulas
definitivas para a redução de tarifas alfandegárias, por exemplo,
mas deve trazer os princípios de
negociação para a conclusão da
Rodada Doha, esperada para
2005. A rodada está travada desde
o impasse na Ministerial de Cancún (México), em setembro
(CÍNTIA CARDOSO)
Com agências internacionais
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