São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008

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Bolsa ensaia recuperação e encosta nos 60 mil pontos

Valorização ontem foi de 3,37%; ações sobem nos EUA

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Com as ações da Petrobras e de empresas do setor siderúrgico em alta expressiva, a Bovespa não encontrou dificuldades para ter seu melhor pregão em quase dois meses e registrou valorização de 3,37%.
Os ganhos de ontem levaram a Bolsa de Valores de São Paulo aos 59.997 pontos. Mas as perdas da Bovespa no mês ainda são elevadas: a queda acumulada está em 7,72%.
Além do clima menos negativo, o aumento no preço do petróleo e de outras commodities foi fundamental para o resultado da Bovespa. No topo das altas apareceram as ações ON da Usiminas, com aumento de 9,14%, seguidas por Gerdau PN (6,85%), Vale PNA (6,69%) e CSN ON (5,66%).
Já os papéis da Petrobras subiram 4,88% (preferenciais) e 4,86% (ordinárias).
O mercado acionário norte-americano encerrou o dia em terreno positivo. O índice Dow Jones terminou com valorização de 1,63% -o que elevou seus ganhos mensais a 2,06%. A Nasdaq subiu 0,44%.
O barril de petróleo encerrou vendido a US$ 126,77 em Nova York, com alta de 3,75%. Em Londres, houve apreciação de 3,58%. A queda nos estoques americanos de gasolina na semana passada influenciaram a elevação do produto.
As duas principais companhias petrolíferas com ações na Bolsa de Nova York tiveram valorizações de destaque: Chevron ganhou 5,34%, enquanto Exxon Mobil subiu 4,30%.
A informação de que o setor privado abriu 9.000 vagas neste mês nos Estados Unidos foi bem recebida no mercado, que esperava o anúncio de fechamento de postos de trabalho.
Na Europa, as Bolsas também se recuperaram. Em Londres, houve alta de 1,91%; em Frankfurt, de 0,96%.
Apesar da melhora vista nos últimos dois pregões, a Bolsa paulista ainda demanda cautela dos investidores.
"Não há uma tendência definida para a Bolsa. E o fluxo externo é fundamental para uma recuperação mais rápida e consistente", afirma o gestor Rafael Moysés, da corretora Umuarama.
O saldo das operações feitas com capital externo no mês não é animador. Até o dia 25, saíram da Bolsa de Valores R$ 7,51 bilhões líquidos, sendo o pior resultado já registrado em um mês. De acordo com operadores do mercado, ontem houve a participação um pouco mais expressiva de estrangeiros na ponta de compra de ações brasileiras. Mas nada que alterasse significativamente o balanço do mês.
Ao menos a movimentação no pregão doméstico voltou a crescer. Ontem foi girado, por meio de operações de compra e venda de ações, o equivalente a R$ 6,45 bilhões, montante 37% superior ao do pregão anterior.
O mercado de câmbio tem se mantido calmo. O dólar recuou 0,43%, o que levou a depreciação da moeda norte-americana acumulada no ano para 12,10%. A divisa americana encerrou o dia vendida a R$ 1,562.


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