São Paulo, sexta-feira, 31 de julho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

saiba mais

Doha é marcada por conflitos de interesses

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Iniciada em 2001, a rodada Doha abriu negociações para a liberalização do comércio de produtos agrícolas, industriais e de serviços entre os 153 países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Prevista para ser concluída em 2004, a rodada foi retomada em julho do ano passado por ministros de 35 países. A reunião acabou sem resultados, após esbarrar em conflito de interesses entre os países que exportam produtos agrícolas e os que vendem manufaturados.
O colapso de Doha no ano passado ocorreu basicamente pelos mesmos motivos que já a perturbavam anteriormente. De um lado, o desejo de grandes países emergentes, como Índia e China, de protegerem seus agricultores e suas indústrias, que, segundo eles, ficariam vulneráveis se expostos à concorrência internacional.
Do outro lado, os EUA e, em certa medida, a União Europeia, exigiram acesso a esses mercados em troca do corte dos subsídios que oferecem ao setor agrícola.
Por fim, as partes não conseguiram chegar a acordo que agradasse a todos.
A rodada Doha (cujo nome é uma referência à capital do Qatar, país onde ela foi iniciada) também trata de questões menores, como a facilitação do transporte de bens através de fronteiras nacionais e o aperto das regras sob as quais o comércio internacional é conduzido.
A ausência de um acordo poderá arranhar a própria OMC no médio prazo. Caso os governos não consigam fechar acordos comerciais no âmbito da organização, poderiam relutar mais em respeitar as regras que já estão em vigor.

Com o "Financial Times"



Texto Anterior: Brasil desistiu da Rodada Doha, sinaliza Amorim
Próximo Texto: Embraer diminui custos e lucra 31% mais no 2º trimestre
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.