São Paulo, sexta-feira, 31 de julho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estrangeiro poderá ter até 25% de financeira do Magazine Luiza

Autorização facilita antigo plano de rede varejista de abrir capital na Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

O Magazine Luiza obteve aval do CMN (Conselho Monetário Nacional) para aumentar em até 25% a participação de investidores estrangeiros em sua financeira, a Luizacred.
Com a aprovação, que ainda depende de referendo do presidente Lula, a rede varejista fica mais próxima de uma possível abertura de capital na Bolsa.
A financeira é controlada pela rede varejista em parceria com a Fininvest, do grupo Itaú Unibanco. Desde 2001, o Magazine Luiza já tem entre os acionistas o fundo americano Capital Group, que participa com 12% do seu capital.
O mercado comenta sobre uma possível abertura de capital do Magazine Luiza desde a criação do Novo Mercado da Bovespa, em 2002.
O Magazine Luiza contratou o banco americano JPMorgan para assessorá-lo na proposta de compra do Ponto Frio, que acabou vendido por R$ 824 milhões para o Pão de Açúcar.
Como o negócio não foi adiante, a rede tem montada uma engenharia financeira para se capitalizar e viabilizar sua expansão. A abertura de capital também pode ser uma opção de saída do Capital Group da rede.
A Folha apurou que o pedido ao CMN para elevar em até 25% a participação de investidores estrangeiros na Luizacred foi feito no final do ano passado. A empresa quer estar preparada para, quando o mercado estiver favorável, abrir o seu capital e não precisar esperar por essa autorização, que pode demorar meses.
Advogados da empresa orientaram os sócios do Magazine para que tivessem essa autorização e pudessem sair na frente numa eventual melhora do mercado. A empresa não tem interesse em abrir o seu capital neste momento.
O apetite de mercado segue instável para oferta de ações como da varejista. Neste ano, só a VisaNet colocou novas ações na Bolsa, na maior operação já realizada no país, que levantou R$ 8,4 bilhões. A menor colocação foi de R$ 150 milhões, da também varejista Le Lis Blanc, em abril de 2008. (TONI SCIARRETTA e FATIMA FERNANDES)


Texto Anterior: Vaivém das commodities
Próximo Texto: Ásia: Desemprego no Japão é o maior em seis anos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.