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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa fecha positiva em um mês pela segunda vez no ano; aumenta expectativa por queda de juros
Bovespa não emplaca 5ª alta e cai 0,69%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa não resistiu à chamada
realização de lucros e encerrou o
dia em baixa, de 0,69%, aos 10.382
pontos ontem.
Após quatro altas consecutivas,
os investidores optaram por vender suas ações e embolsar os lucros da semana. A Bovespa encerrou o período com valorização
acumulada de 7,3%.
A recuperação do giro financeiro foi o que mais animou os analistas. Ontem o volume negociado
no mercado de ações doméstico
foi de R$ 793,752 milhões, acima
da média diária dos últimos meses, de R$ 500 milhões.
As ações preferenciais da Net
(antiga Globo Cabo) lideraram as
altas do dia. Os papéis preferenciais da companhia subiram
8,3%. Nos últimos dias, o mercado especula com a possibilidade
de a empresa negociar seus equipamentos de fibra ótica. Na semana, o papel subiu 33,33%.
As ações da Embratel tiveram o
melhor desempenho na semana.
Os papéis preferenciais acumularam alta de 39,32% e os ordinários subiram 39,24%.
A expectativa do mercado é que
a empresa, colocada à venda por
sua controladora, a norte-americana WorldCom, que passa por
dificuldades financeiras, já tenha
encontrado um comprador.
A Bovespa encerrou um mês
positiva, em 6,35%, pela segunda
vez neste ano -em fevereiro ela
havia subido 10,3%.
Os ânimos melhoraram após o
crescimento do candidato do governo e, consequentemente, do
mercado, José Serra (PSDB).
Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para
os juros caíram novamente.
Os contratos para janeiro do
ano que vem passaram de 19,96%
para 19,76%. Para setembro, as taxas estão em 17,85% e, para outubro, em 18,02%.
A queda do dólar, que ontem fechou a R$ 3,01, animou os negócios nesse mercado.
Em sua última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, adotou o
viés de baixa para os juros brasileiros -a Selic está, atualmente,
em 18% ao ano.
Desde então, o mercado avalia
que uma queda do dólar poderia
viabilizar a utilização do recurso.
Os C-Bonds, títulos da dívida
externa brasileira, encerram o dia
em alta de 1,84%.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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