São Paulo, sábado, 31 de agosto de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa fecha positiva em um mês pela segunda vez no ano; aumenta expectativa por queda de juros

Bovespa não emplaca 5ª alta e cai 0,69%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa não resistiu à chamada realização de lucros e encerrou o dia em baixa, de 0,69%, aos 10.382 pontos ontem.
Após quatro altas consecutivas, os investidores optaram por vender suas ações e embolsar os lucros da semana. A Bovespa encerrou o período com valorização acumulada de 7,3%.
A recuperação do giro financeiro foi o que mais animou os analistas. Ontem o volume negociado no mercado de ações doméstico foi de R$ 793,752 milhões, acima da média diária dos últimos meses, de R$ 500 milhões.
As ações preferenciais da Net (antiga Globo Cabo) lideraram as altas do dia. Os papéis preferenciais da companhia subiram 8,3%. Nos últimos dias, o mercado especula com a possibilidade de a empresa negociar seus equipamentos de fibra ótica. Na semana, o papel subiu 33,33%.
As ações da Embratel tiveram o melhor desempenho na semana. Os papéis preferenciais acumularam alta de 39,32% e os ordinários subiram 39,24%.
A expectativa do mercado é que a empresa, colocada à venda por sua controladora, a norte-americana WorldCom, que passa por dificuldades financeiras, já tenha encontrado um comprador.
A Bovespa encerrou um mês positiva, em 6,35%, pela segunda vez neste ano -em fevereiro ela havia subido 10,3%.
Os ânimos melhoraram após o crescimento do candidato do governo e, consequentemente, do mercado, José Serra (PSDB).

Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para os juros caíram novamente.
Os contratos para janeiro do ano que vem passaram de 19,96% para 19,76%. Para setembro, as taxas estão em 17,85% e, para outubro, em 18,02%.
A queda do dólar, que ontem fechou a R$ 3,01, animou os negócios nesse mercado.
Em sua última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, adotou o viés de baixa para os juros brasileiros -a Selic está, atualmente, em 18% ao ano.
Desde então, o mercado avalia que uma queda do dólar poderia viabilizar a utilização do recurso.
Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, encerram o dia em alta de 1,84%.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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