São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2006 |
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Analistas esperavam redução menor no juro DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão do Copom (Comitê
de Política Monetária) causou
surpresa entre analistas do
mercado financeiro. A maioria
ficou presa à "parcimônia" com
que o comitê agiria segundo
afirmara na ata de sua última
reunião e, por isso, apostava em
um corte de 0,25 ponto percentual -embora muitos vissem a
possibilidade de corte maior.
É o caso da economista-chefe
da Mellon Global Investments
Brasil, Solange Srour. "A inflação projetada para este ano deverá ficar abaixo da meta, em
3,25%, o que permite redução
mais forte do juro."
Srour diz que sua projeção de
inflação considera que não haverá aumento da gasolina, pois
não existe mais defasagem entre os preços internos e os internacionais. "O preço da gasolina caiu lá fora e, com a valorização do câmbio, a defasagem
virou. Para equiparar os preços,
seria preciso baixar o valor praticado no país."
Luis Fernando Lopes, economista do banco Pátria, também
esperava maior comedimento
do Copom, mas entende que a
decisão deve ter sido pautada
pela perspectiva favorável de
inflações para este ano e para o
próximo.
"Há um mês, ainda havia
muito ruído sobre o rumo da
inflação no ano que vem, por
conta do preço do petróleo, que
vem caindo nas últimas semanas. Agora, o Copom deve ter
reavaliado o quadro", diz. Mesmo que a gasolina aumente
10% em novembro, segundo
sua projeção, a inflação deste
ano ficará abaixo da meta, em
4% -a meta é 4,5%
Colaborou FABRICIO VIEIRA , da Reportagem Local Texto Anterior: Oposição aponta medida eleitoreira; indústria critica Próximo Texto: Redes de lojas e cartões não pensam em reduzir taxas agora Índice |
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