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Meta de superávit fiscal será mantida em 4,25% até 2009, afirma Bernardo
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro do Planejamento,
Paulo Bernardo, afirmou ontem que o governo pretende
manter até 2009 a atual meta
de superávit primário, equivalente a 4,25% do PIB.
De acordo com o ministro, as
contas da Previdência no ano
fecharão no vermelho em R$ 41
bilhões, resultado melhor do
que os R$ 44 bilhões esperados
pela equipe econômica. O rombo de 2007, em contrapartida,
será maior - um déficit de R$
45 bilhões.
Bernardo participou ontem
pela manhã de evento promovido, em São Paulo, pela consultoria Tendências.
A declaração do ministro esclarece dúvida surgida há dois
dias, com a divulgação do plano
de governo do PT para a eleição
presidencial.
O documento defende a "elevação substancial dos investimentos, especialmente públicos e nacionais". Também considera importante "o fortalecimento da iniciativa do Estado,
das empresas estatais e do sistema financeiro público".
O texto prevê também redução de taxas de juros, além de
incremento na arrecadação de
tributos e previdenciária -
sem novas reformas em ambos
os sistemas. Conforme Bernardo, encolher a carga tributária é
algo possível de ser feito apenas
de "forma gradual".
O programa petista, no entanto, deixou de explicitar como a equipe econômica conseguirá combinar mais gastos públicos a menos impostos e, ao
menos tempo, manter o equilíbrio das contas públicas.
No evento da Tendências,
Paulo Bernardo observou que o
programa não tocou em questões como a cobrança da CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira) ou
a DRU (Desvinculação de Recursos da União). O motivo,
disse, é que não serão tratadas
nos primeiros momentos no
caso de um segundo mandato
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
O ministro, contudo, disse
que ambos os temas são importantes e necessitam ser debatidos. "Sem consenso, teremos
de dar uma solução provisória e
de curto prazo."
O ministro do Planejamento
também informou que uma comissão interministerial trabalha no redesenho da legislação
trabalhista, tida como obsoleta.
Na última segunda-feira,
Paulo Bernardo afirmou que a
economia brasileira crescerá
entre 4% e 4,5% no ano.
Quanto às projeções dos analistas de mercado, mais pessimistas, o ministro do Planejamento, à ocasião de suas declarações, foi categórico: "São todas feitas "no chute'".
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