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Comitê do BC se reúne na quarta para definir juros
Decisão sobre taxa Selic é a mais aguardada da semana
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana traz carregada
agenda de eventos econômicos,
tanto no Brasil como no exterior. Dados de emprego, juros,
PIB e varejo recheiam os próximos dias e prometem influenciar os mercados mundiais.
Os números da produção industrial no país em julho abrem
a semana. A expectativa é que a
taxa mostre retração de 10%
em 12 meses. No primeiro semestre do ano, a produção da
indústria brasileira caiu 13,4%
-o pior índice da série histórica do IBGE, iniciada em 1976.
Hoje também serão conhecidos dados de inflação na zona
do euro. Nos Estados Unidos,
sai o resultado da atividade manufatureira, segundo a medição do Fed (o banco central dos
EUA) regional de Dallas.
A agenda se intensifica amanhã. Na Europa, os destaques
ficam com o crédito ao consumidor na Inglaterra e a taxa de
desemprego na Alemanha. Já
os norte-americanos irão se deparar com uma extensa lista de
informações, como gastos com
construção, confiança do consumidor, vendas de casas usadas e de veículos.
"Na agenda doméstica, a decisão do Copom [Comitê de Política Monetária] sobre a taxa
Selic deve monopolizar as atenções. Acreditamos que o colegiado do BC [Banco Central] vá
manter inalterada a taxa, uma
vez que esse foi o sinal mais evidente na última ata. Lá fora, dados como o PIB da União Europeia se destacam", afirma, em
relatório, a Gradual Investimentos.
A quarta-feira deve ser o dia
mais agitado da semana. No
Brasil, há a reunião do Copom.
Nos EUA, a divulgação da ata
do mais recente encontro do
Fomc (comitê do BC que define
os juros). Na Europa, o PIB
(Produto Interno Bruto) do segundo trimestre do ano será conhecido. A expectativa é que tenha caído 0,10%.
Para o economista sênior do
Santander Asset Management,
Ricardo Denadai, a taxa básica
Selic será mantida nos atuais
8,75% anuais na reunião do Copom que acaba na quarta-feira.
"Avaliamos que o cenário
econômico doméstico segue
equilibrado, com dados recentes indicando desaceleração da
inflação corrente e continuidade da recuperação da atividade
econômica, com destaque para
o mercado de trabalho. Por isso
não julgamos necessário estímulo monetário adicional",
afirma Denadai.
"Mantemos nossa expectativa de que a Selic ficará estável
em 8,75% anuais por um longo
período, pois a velocidade da
recuperação não gerará pressões inflacionárias, dada a ainda elevada ociosidade da economia brasileira", diz.
Na quinta-feira é a vez de o
BCE (Banco Central Europeu)
definir sua taxa de juros. A expectativa do mercado é que o
BCE mantenha a sua taxa no
patamar atual -1% ao ano.
Um relevante termômetro
da economia norte-americana
também será conhecido na
quinta-feira. Nesse dia, saem os
dados das vendas no varejo dos
Estados Unidos. Dado o elevado peso do consumo no PIB da
maior economia do mundo, esses números têm força para
mexer com o mercado.
Para completar o painel, a
sexta-feira trará os números do
mercado de trabalho norte-americano. As projeções indicam que deve ter havido aumento na taxa de desemprego
nos Estados Unidos. Após registrar recuo e ficar em 9,4%
em julho, a taxa de desemprego
voltará a subir, na visão do mercado, para 9,5% em agosto.
Antes de começar a ceder de
fato, espera-se que o desemprego ainda suba um pouco nos
EUA. Até mesmo a Casa Branca
concorda com essa visão mais
pessimista e conta com a possibilidade de o desemprego alcançar os 10%.
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