São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 2008

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Bancos poderão diluir perdas com carteiras

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os pequenos bancos que venderem suas carteiras de crédito com prejuízos a bancos maiores poderão diluir suas perdas ao longo do tempo, apresentando um balanço no final do ano que não mostrará claramente o impacto dessas operações.
Uma resolução aprovada ontem pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) permite aos bancos anteciparem a vigência de uma mudança contábil que só seria aplicada em janeiro de 2009. Essa norma estabelece que o resultado das vendas definitivas de carteiras entre instituições financeiras deve ser apropriada nas demonstrações contábeis de acordo com o prazo das operações que as compõem, e não de uma única vez.
A regra em vigor estabelece que todo o lucro ou o prejuízo deve ser incluído integralmente no balanço da instituição financeira.
O CMN também autorizou os bancos a direcionar até 5% dos recursos captados na caderneta de poupança e que têm aplicação obrigatória no setor habitacional para empréstimos de capital de giro a construtoras. A medida já havia sido anunciada pelo Ministério da Fazenda e pela Caixa Econômica Federal, que irá aplicar R$ 3 bilhões nessas operações.

Relançamento
Após um ano no papel, o governo promete, agora, deslanchar o programa Revitaliza, do BNDES, que oferece linhas de crédito com taxa fixa para investimento de empresas dos setores de calçados e artefatos de couro, têxtil, confecções e móveis.
Agora, num cenário de desvalorização do câmbio, o governo retirou o programa da gaveta. O argumento desta vez é que, com a crise, elas venderão menos.
Ontem, o CMN decidiu aumentar de R$ 3 bilhões para R$ 4 bilhões o volume de recursos destinados ao programa, que poderá emprestar independente do tamanho da empresa. Originalmente, ele atenderia apenas companhias com faturamento anual de até R$ 300 milhões.
"O limite de empréstimo ficou em R$ 100 milhões por grupo econômico", explicou Diogo Oliveira, secretário-adjunto de Política Econômica.


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