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Bancos poderão diluir perdas com carteiras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os pequenos bancos que
venderem suas carteiras de
crédito com prejuízos a bancos maiores poderão diluir
suas perdas ao longo do tempo, apresentando um balanço no final do ano que não
mostrará claramente o impacto dessas operações.
Uma resolução aprovada
ontem pelo CMN (Conselho
Monetário Nacional) permite aos bancos anteciparem a
vigência de uma mudança
contábil que só seria aplicada
em janeiro de 2009. Essa
norma estabelece que o resultado das vendas definitivas de carteiras entre instituições financeiras deve ser
apropriada nas demonstrações contábeis de acordo
com o prazo das operações
que as compõem, e não de
uma única vez.
A regra em vigor estabelece que todo o lucro ou o prejuízo deve ser incluído integralmente no balanço da instituição financeira.
O CMN também autorizou
os bancos a direcionar até 5%
dos recursos captados na caderneta de poupança e que
têm aplicação obrigatória no
setor habitacional para empréstimos de capital de giro a
construtoras. A medida já
havia sido anunciada pelo
Ministério da Fazenda e pela
Caixa Econômica Federal,
que irá aplicar R$ 3 bilhões
nessas operações.
Relançamento
Após um ano no papel, o
governo promete, agora, deslanchar o programa Revitaliza, do BNDES, que oferece linhas de crédito com taxa fixa
para investimento de empresas dos setores de calçados e
artefatos de couro, têxtil,
confecções e móveis.
Agora, num cenário de
desvalorização do câmbio, o
governo retirou o programa
da gaveta. O argumento desta vez é que, com a crise, elas
venderão menos.
Ontem, o CMN decidiu aumentar de R$ 3 bilhões para
R$ 4 bilhões o volume de recursos destinados ao programa, que poderá emprestar
independente do tamanho
da empresa. Originalmente,
ele atenderia apenas companhias com faturamento
anual de até R$ 300 milhões.
"O limite de empréstimo
ficou em R$ 100 milhões por
grupo econômico", explicou
Diogo Oliveira, secretário-adjunto de Política Econômica.
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