DA REDAÇÃO

O governo do Japão fez a maior intervenção cambial da história do país ao longo deste ano. O país vendeu 20 trilhões de ienes (ou cerca de US$ 187 bilhões) para manter o câmbio estável e, com isso, estimular as exportações.
Desde o ano passado, o dólar vem perdendo valor em relação às principais moedas do planeta. Mas o iene teve uma apreciação menor graças à agressiva política de intervenção cambial.
O dólar está cotado em torno de 107 ienes no Japão. Desde o início do ano, a alta da moeda japonesa ante a norte-americana é de aproximadamente 10%.
A intervenção feita neste ano ficou bem acima da registrada em 1999, quando ocorreu a maior ação no mercado de câmbio dos últimos anos. Naquele ano, foram vendidos 7,6 trilhões de ienes, pouco mais de um terço do total deste ano.
Para o ano que vem, já se espera uma intervenção ainda maior, caso o dólar siga em sua trajetória de queda. O Tesouro e o banco central do país vão dispor de mais recursos do que tiveram neste ano para atuar no mercado cambial.
A moeda norte-americana voltou a bater recordes de baixa ontem, após a divulgação de indicadores econômicos abaixo do esperado. Houve uma queda na confiança dos consumidores norte-americanos, e as vendas de fim de ano cresceram nos EUA menos do que o estimado.
A libra esterlina subiu ao seu maior valor desde 1992, cotada a US$ 1,7788. Na comparação com a moeda americana, o dólar canadense atingiu a maior cotação em dez anos, o dólar australiano não valia tanto em seis anos, o franco suíço está no maior patamar em sete anos e o euro bateu nova marca recorde (US$ 1,2536).
De acordo com a agência de notícias Reuters, os ministros das Finanças do G7 (os sete países mais ricos) vão discutir os efeitos da queda do dólar em um encontro marcado para fevereiro.



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