São Paulo, quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fundos e dólar devem reagir no ano que vem

DA REPORTAGEM LOCAL

Se 2009 foi o ano da Bolsa, isso dificilmente se repetirá em 2010, segundo analistas. Isso porque boa parte das ações já está cara e tem menor espaço para se valorizar. Somam-se a isso as incertezas em relação à recuperação global e a eventuais surpresas não computadas, como fragilidade fiscal em Dubai e na Grécia. Também é desconhecido o impacto da retirada de estímulos e do aumento dos juros nos EUA e na Europa, a partir do segundo semestre.
Apesar disso, há um certo consenso no mercado de que o Ibovespa deve, finalmente, recuperar o recorde de 73.516 pontos de maio de 2008. Os mais otimistas veem o índice alcançar 80 mil pontos -17% acima de hoje.
Para Gustavo Franco, ex-presidente do BC e estrategista da Rio Bravo, a Bolsa brasileira subiu bastante, mas ainda tem espaço para novas altas. "Não vejo ainda nenhuma bolha se formando. A Bolsa tem muito espaço para subir."
"É um ano para tomar cuidado com a Bolsa. Quem entrar agora vai pagar um preço alto", disse Fabio Colombo, administrador de investimentos.
Na renda fixa, os analistas voltam a apostar nos fundos com taxas de administração de até 2%. Isso porque os juros básicos devem voltar a subir em 2010, o que elevará os retornos em relação aos 6,17% mais TR da poupança. O mesmo vale para os títulos do Tesouro Direto, que têm a vantagem de não cobrar pela gestão.
Colombo afirma que todo investidor deve ter a maior parte de seu dinheiro em renda fixa e lembra que é sempre bom ter aplicações cambiais. "O dólar caiu muito e virou cachorro morto. Mas, com eleição e outras incertezas internacionais, não é improvável que o dólar tenha uma recuperação."


Texto Anterior: Ibovespa: Empresas de Eike e de imóveis entram no índice
Próximo Texto: Paulo Nogueira Batista Jr.: Um provérbio romano
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.