Índice geral Empregos
Empregos
Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Aumenta o número de 'coaches' no país

Empresas investem em treinamento de executivos para melhorar desempenho de equipes e ganhar agilidade

Fabrizio Motta/Folhapress
Ricardo Gonçalves agilizou crescimento com ‘coaching’
Ricardo Gonçalves agilizou crescimento com ‘coaching’

CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO

O mercado de "coaching" disparou no país. De 2005 a 2011, o número de profissionais cresceu 207% -passou de 752 para 2.310.

O levantamento foi feito pela Folha com as maiores certificadoras do país -Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial, Instituto Brasileiro de Coaching, Sociedade Brasileira de Coaching e Sociedade Latino-Americana de Coaching.

Quem custeia o serviço, em geral, é a empresa em que o executivo trabalha. A meta é fazer com que o processo de torná-lo líder seja mais rápido. "Não é mais questão de modismo", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Coaching, Villela da Matta.

Com a oferta, cresce a procura. "O 'coach' é necessário quando o profissional precisa desenvolver habilidades [como organização e liderança]", frisa Luiz Carlos Carvalho, vice-presidente da Gutemberg Consultores.

Ao assumir a diretoria comercial e de marketing da Crivo em 2007, Rodrigo Del Claro, 34, definiu com um "coach" "lacunas que precisavam ser preenchidas" para ascender como gestor. Em 2009, na profissionalização da empresa, o executivo foi atendido de novo. "Eu precisava ter outro posicionamento."

O diretor de marketing da NeoGrid, de TI, Ricardo Gonçalves, 32, também teve assistência -há três anos, quando ocupava cargo de gerência: "Aceitei porque percebi a possibilidade de crescer".

"O cliente avalia o que está fazendo e o que quer [da carreira]", frisa Roberta Ebina, consultora da Muttare.

Para as empresas, o ganho é em agilidade. "O 'coach' tem de promover independência de ação. Quem faz uma vez não precisa fazer de novo."

OUTRO LADO

"Esse mercado virou uma panaceia. 'Qualquer problema, procure um coach'", critica Tania Casado, professora da FIA (Fundação Instituto de Administração).

Na Zaeli, de alimentos, os resultados são questionados. "Sinto que não somos felizes quando deixamos [o processo de 'coaching'] 100% nas mãos de alguém de fora", considera o diretor comercial, Paulo Geovanelli, 52.

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.