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Anestesista entende limite da dor após vivência no exterior

De São Paulo

Foi na cidade de Hangu, no Paquistão, a 227 quilômetros da capital Islamabad, que a anestesista Liliana Andrade, 36, atendeu seu paciente mais idoso, de cem anos.

O homem, que nunca havia passado por uma operação na vida, tinha uma hérnia encarcerada (alça do intestino que "salta" e forma uma protuberância).

Consciente durante o procedimento, o paquistanês levava as mãos de Andrade aos olhos, à testa e ao coração e não parava de chorar.

"Chorei também. Não entendia a língua, mas sabia que era agradecimento."

Andrade fez cinco missões em quatro países com os Médicos sem Fronteiras. O que mais a marcou foi o Paquistão, onde esteve duas vezes.

Lá, impedida de usar anestésicos modernos pela legislação (severa em relação a opioides), ela aprendeu a usar outras substâncias.

Ter atendido em outros

países também a possibilitou entender como as pessoas reagem à dor. A cultura, diz, está ligada ao sofrimento.

"Os pacientes de diferentes lugares têm tolerâncias muito distintas", avalia.

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