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Justiça nega indenização a mecânico no AM

DE SÃO PAULO

O mecânico Daniel de Freitas dirigia para pegar a filha na escola quando viu que era seguido. Desceu do carro em um semáforo fechado e confrontou os seguidores, que estavam em outro veículo.

Tratava-se de uma equipe de filmagem ligada à empresa em que ele havia trabalhado, a Águas do Amazonas, de abastecimento de Manaus.

Em litígio com a companhia após ter sido dispensado por justa causa, Freitas dizia-se inválido por causa de uma hérnia de disco e pedia indenização por danos morais e lucro cessante (prejuízo devido do fim de atividade que proporcionava renda).

Depois do incidente na rua, ele entrou com nova ação na Justiça. Queria R$ 100 mil de indenização por violação à intimidade, à vida privada, à imagem e à dignidade.

O Tribunal Superior do Trabalho, órgão máximo da Justiça trabalhista, decidiu a favor da Águas do Amazonas.

O relator do caso, ministro João Batista Brito Pereira, julgou que "não havia outra forma para "demonstrar a verdade", a não ser a gravação.

Na sentença, Pereira afirma que as imagens não serviram para ridicularizar Freitas, mas para "promover a defesa de um processo judicial".

O advogado do mecânico, Wiston Feitosa de Sousa, afirma que recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal).

MENTIRA

A Águas do Amazonas não se pronuncia oficialmente sobre o caso. Um executivo da empresa, porém, afirmou que foram ex-colegas de Freitas que contaram que "a incapacidade era uma mentira".

Para provar, o antigo funcionário foi filmado em atividades impossíveis para um afastado por invalidez, como carregar galão de água.

O executivo diz também que a companhia tem "expertise e estrutura" para detectar fraudes, comuns no abastecimento de água na região.

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