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Contratação demora mais para mulheres

Em Salvador, elas levam 13 meses, e eles, 9; São Paulo é a única região onde médias dos gêneros são semelhantes

DE SÃO PAULO

A assistente social Simone Luz, 34, busca vaga há um ano e meio. Ela afirma que a oferta de empregos para profissionais de sua área em Salvador, onde mora, é baixa.

"Já recebi propostas para trabalhar em outras cidades, mas não valiam a pena [financeiramente]", diz.

Luz pertence ao grupo que mais demora para encontrar emprego: as mulheres de Salvador. Em média, são 13 meses. Os homens levam nove meses (leia mais ao lado).

Em todas as regiões metropolitanas pesquisadas, eles acham trabalho com mais rapidez, exceto em São Paulo, onde as médias são iguais, segundo dados do Dieese.

As mulheres conciliam trabalho com responsabilidades domésticas, e muitas não aceitam empregos distantes ou com longas jornadas, avalia Luana Simões, economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Para outro economista do Ipea, Roberto Gonzales, o perfil ocupacional dos gêneros influencia o tempo. Há atividades tradicionais para elas, que não necessariamente estão com vagas abertas, diz.

Em serviço social, área em que Luz trabalha, 97% dos profissionais são mulheres, segundo o Conselho Federal de Serviço Social.

Homens de Porto Alegre estão na ponta oposta das mulheres de Salvador. São os que levam menos tempo para achar vaga: cinco meses.

O engenheiro Ricardo Locatelli, 34, demorou dois meses para encontrar trabalho em 2011. Apesar da rapidez, o tempo não o surpreendeu. "Em 2010, consegui emprego em cinco dias", conta.

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