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Mudança de emprego afeta desempenho de profissionais-estrela

O analista de mercado João é o jovem talento do banco de investimentos em que trabalha. Seus excelentes resultados chamaram a atenção de uma empresa concorrente, que fez uma proposta para que ele mudasse de emprego.

A expectativa é que ele consiga os mesmos feitos nessa nova companhia.

O que acontece com o desempenho de profissionais-estrela como o fictício João -em geral, profissionais liberais- quando trocam de emprego é tema de "Perseguindo Estrelas", do professor da Escola de Negócios Harvard Boris Groysberg.

A conclusão do autor é que boa parte das vezes, apesar de reunirem talento e boa formação educacional, esses trabalhadores têm queda de rendimento no novo trabalho.

Quem migrou para empresa de capacidade semelhante teve desempenho pior por dois anos até atingir o patamar anterior. Para quem foi para negócios bastante diferentes, foram cinco anos.

Groysberg analisou mais de mil analistas de 78 instituições nos Estados Unidos para explicar as razões.

Se recursos e estrutura das empresas são parecidos e o profissional tem talento, o que afeta o resultado?

Algumas respostas são bastante conhecidas: ambientação, recursos e processos. A razão da superioridade de desempenho de alguns deve-se à familiaridade com o dia a dia da empresa.

Mas quantas vezes, ao ponderarem uma mudança de emprego, os profissionais questionam o peso das redes internas de relacionamento?

VARIAÇÃO

Há espaço até para avaliar o peso do contato com clientes. Quem oferece seus serviços diretamente a eles e não exclusivamente ao empregador tem "competências mais transferíveis, que podem ser empregadas em uma variedade de ambientes".

As variações são muitas e, por fim, põem por terra alguns dos mitos sobre os talentos das empresas.

Frase

"Quer os analistas reconhe-çam ou não os seus relacionamentos com outros rofissionais dentro da empresa como interdependências, eles são essenciais ao desempenho"