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Até 2015, setor deve abrir 150 mil postos

Técnicos em mineração, geólogos e engenheiros de minas são os profissionais mais procurados no mercado

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Desde 2005, o produto que o Brasil mais exporta é o minério de ferro. Os números do mercado são todos da ordem do bilhão: nos dois primeiros meses deste ano, o país exportou US$ 4 bilhões; até 2015, devem ser investidos no setor US$ 68,5 bilhões; a Vale foi a empresa latino-americana que teve o maior lucro em 2011 (US$ 20 bilhões). E por aí vai.

Para saciar a sede por minério, principalmente da China, empresas brasileiras precisam contratar mais profisionais. A Rhio's, consultoria de RH especializada nesse campo, estima que o setor deve abrir 150 mil postos até 2015.

Só em 2012, a Vale planeja preencher 6.600 novas vagas. De acordo com Carla Gama, diretora de educação da mineradora, o plano de contratações para os próximos anos "não será um desafio menor".

Mesmo com a flutuação recente do preço do minério de ferro, a demanda por trabalhadores já é maior do que a oferta. Elmer Salomão, dono da consultoria Geos, que faz estudos sobre o segmento, resume: "Falta gente com experiência no mercado. Sem experiência falta também".

TREINAMENTO

Os profissionais mais procurados são geólogos, engenheiros de minas e técnicos. Eles exercem atividades como estudar os minérios, trabalhar na extração e apoiar as operações (veja mais ao lado).

Segundo Denise Retamal, diretora-executiva da Rhio's, além da carência de profissionais, os que existem precisam passar por cursos de especialização nas empresas.

Foi o que aconteceu com Pedro Crispim, 24. Logo após se formar em engenharia de minas pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG), ele fez um curso de três meses na Vale, onde estudou o minério "da descoberta até a venda do produto".

Todos os 40 alunos que participaram desse curso, em 2011, foram contratados. Crispim hoje trabalha com operação de minas em Itabira (a 106 km de Belo Horizonte).

"Além de treinar, as empresas estão buscando profissionais em outros países, principalmente nos que têm indústria de extração, como o Chile", diz Retamal.

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