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Empresas investem nos próprios talentos

Vagas em altos cargos são preenchidas com a própria equipe por conta da escassez de mão de obra qualificada

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

Em um mercado de trabalho aquecido como o brasileiro, encontrar um líder custa caro e é trabalhoso. Diante desse cenário, muitas empresas perceberam que a solução, principalmente para as vagas em altos cargos, pode estar muito mais próxima do que sugere o espírito caçador. Por que então não procurar os talentos no próprio quintal?

Nesse caso, o "santo de casa" não só faz o milagre, como traz economia. O recrutamento interno também dinamiza o tempo gasto nos processos seletivos e reduz custos com o treinamento e "headhunters" (veja como identificar oportunidades na pág. 3).

Ao apostar nessa dança das cadeiras dos executivos, as empresas deixam as novas contratações para os postos operacionais, com salários mais baixos.

PIRÂMIDE

Na mineradora Anglo American, 50% das vagas abertas costumam ser ocupadas pelos próprios funcionários.

De acordo com Cristina Isola, gerente de recursos humanos da companhia, as vagas são abertas para todos os postos e, na maioria das vezes, preenchidas sob o "efeito pirâmide, em que os trabalhadores da base sobem de cargo e chegam ao topo".

"Quanto mais especializada for a vaga, mais difícil será encontrar gente qualificada. Além disso, não há como um profissional se adaptar à cultura da organização em menos de um ano", justifica.

Há duas décadas na multinacional, Ivan Belini, 37, passou por seis realocações internas. Hoje ele é gerente de desenvolvimento de novos negócios. As oportunidades vieram pela indicação de colegas. "Quando ficava sabendo das vagas, avisava os futuros gestores sobre a minha participação na seleção."

As transferências de setor foram tranquilas. "Fui preparado para galgar uma posição melhor", argumenta.

Com 70% das vagas preenchidas com o próprio quadro, a multinacional Whirlpool permite a realocação para cargos e setores diferentes.

Há oito anos na empresa, Andrea Clemente, 38, gerente de desenvolvimento organizacional, passou pelas áreas comercial e logística. "Os profissionais são preparados para assumir cargos de liderança em qualquer segmento", diz.

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