Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Escolas vão ensinar empreendedorismo Aulas de gestão empresarial começam no segundo semestre no ensino fundamental da rede pública
DE SÃO PAULO Saber empreender é fundamental tanto para aspirantes a empresários quanto para jovens profissionais que desejam gerir a própria carreira. É a partir desse mote que algumas secretarias estaduais de ensino criaram projetos para incluir aulas de gestão empresarial no currículo dos ensinos fundamental e médio. No Estado de São Paulo, a ideia de unir a educação básica à formação em negócios ganhou corpo neste ano com o programa "Jovens Empreendedores: Primeiros Passos". O projeto consiste na formação de professores para a disciplina de empreendedorismo social, que será ministrada aos alunos do ensino fundamental aos sábados, a partir do próximo semestre - a presença dos jovens é facultativa. O conteúdo é organizado em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). CARREIRA DO FUTURO "As aulas vão abordar desde a importância do empreendedorismo para a sociedade até a elaboração de um projeto de negócio voltado à sustentabilidade", adianta Maria Helena Berlinck Martins, coordenadora do Programa Escola da Família. A professora Sheila Bazarim, 36, que dá aulas em uma escola da zona sul de São Paulo, está na etapa final do curso e já pensa em realizar oficinas práticas com seus alunos a partir de agosto. "Quero ensiná-los a produzir e vender artigos reciclando papel de coador de café." Esse modelo de parceria com o Sebrae existe em Minas Gerais desde 2008. Até o ano passado, mais de 2.000 professores do ensino fundamental foram capacitados. "Os nossos desafios são desmistificar a noção de empreendedorismo como um negócio e mostrar que é uma competência importante para o profissional do futuro", afirma Cacilda Almeida, analista de educação e empreendedorismo do Sebrae-MG. CABEÇA ABERTA No Rio, os alunos do ensino médio têm aulas de empreendedorismo junto com o curso profissionalizante. "A ideia é que eles aprendam não só a técnica de produção mas também a de vendas no mercado", destaca Antônio Neto, subsecretário de gestão de ensino. Hiago da Silva, 16, foi um dos que participaram do curso. Estudante do 3º ano do ensino médio, ele fez o técnico em panificação e confeitaria. Das aulas, tirou uma conclusão: quer abrir uma empresa de eventos ou bufê. "O curso me abriu a cabeça. Achava que o único caminho era ser funcionário. Hoje, sei que ao sair da faculdade de administração poderei gerir meu próprio negócio e ser tão feliz quanto seria se trabalhasse para alguém." Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |