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Teste de inglês para pós vai mudar

A partir de 5 de junho, prova para MBA terá uma redação a menos e deverá abordar área de negócios

ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O GMAT (Graduate Management Admission Test), exame de aptidão lógica e verbal em inglês, é um dos pré-requisitos de universidades brasileiras e estrangeiras para os candidatos aos cursos de MBA e de pós-graduação em administração e negócios.

A partir do dia 5 de junho, o conteúdo do teste não será mais o mesmo. Haverá uma nova seção, chamada "integrated reasoning" (raciocínio integrado).

Além disso, no lugar de duas redações, o estudante terá de escrever apenas um texto.

Segundo Marcelo Ambrozio Ramos, sócio-proprietário da MBA House, escola que oferece classes preparatórias para o GMAT, cerca de 1.700 brasileiros realizam a prova anualmente.

Desse total, diz ele, metade tem interesse em estudar nas faculdades brasileiras e o restante está de olho nos cursos internacionais. Como se preparar para as alterações no formato do exame?

RACIOCÍNIO INTEGRADO

A nova seção terá 12 questões fechadas e duração de 30 minutos. O tempo total do teste permanece de três horas e meia.

Além do raciocínio integrado, a prova tem as seções verbal (gramática da língua inglesa), quantitativa (lógica e matemática) e escrita analítica (redação, agora com um texto a menos).

Para Ambrozio, a nova seção terá perguntas relativas a situações que os estudantes de MBA poderão encontrar nas escolas de negócios e no mercado de trabalho.

"São questões para que o candidato analise informações e dados a partir de uma variedade de fontes, desenvolva estratégias e tome decisões", explica.

De acordo com Plínio Gherardi, do Instituto Linguae, centro de estudo de idiomas, as novas questões devem abordar não apenas lógica mas também relações humanas e são interessantes para filtrar quem quer ter posição de liderança.

"Em um dos exemplos, o candidato recebe três e-mails corporativos. Há um mal-entendido nas correspondências. O aluno precisará compreender o que está por trás das relações na empresa."

A nota, de um a oito, será registrada à parte da pontuação total, da mesma forma que o resultado da redação.

No início, o peso do desempenho ficará a critério da universidade, que também delimita a sua nota de corte.

Paula Maia, da FK Partner, que oferece cursos para o GMAT, recomenda que o candidato concentre-se nas questões de lógica e de gramática inglesa, que representam a maior parte da prova. "De cada dez horas de estudo, apenas uma deve ser dedicada à nova seção", sugere.

Segundo ela, a melhor estratégia para se sair bem em raciocínio integrado é fazer exercícios e simulados.

TEMPO

Alguns estudantes aprovaram a mudança em escrita analítica. "Meia hora é pouco tempo para desenvolver uma redação. Pelo menos agora só é preciso escrever um texto", diz a economista Camila Abdelmalack, 22, que deve fazer a prova em setembro.

Abdelmalack planeja cursar mestrado profissional na FGV (Fundação Getulio Vargas) ou no Insper.

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