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10 Profissões Sustentáveis Conheça ps cargos, as perspectivas e os salários mais promissores da economia verde, saiba onde estudar e veja as dicas de quem já chegou lá 1) ADVOGADO AMBIENTAL Especialista deve ir além do jurídico Advogados devem ser muito beneficiados pela economia verde. Por conta das complexas regras municipais e estaduais de prevenção à contaminação do solo, os especialistas ganham espaço e campo de trabalho nas empresas. Outra área na qual os profissionais têm sido requisitados é a de fusões e aquisições. São contratados para analisar possíveis riscos de passivos ambientais e multas aos quais a empresa compradora pode estar sujeita ao adquirir outra. Operações desse tipo, chamadas de auditorias ambientais, exigem noções além das jurídicas. "É preciso conhecer bem as particularidades da empresa atendida e seu setor de atuação, além de estudar temas como geologia, pois, ao defender seu cliente perante os órgãos ambientais, o advogado vai estar frente a frente com profissionais especializados", explica Renata Campetti Amaral, 34, advogada da área no escritório Trench, Rossi e Watanabe. O que faz: analisa riscos e prepara contratos com cláusulas ambientais Perspectivas: com mais leis ambientais, a tendência é que advogados tornem-se consultores em temas da área Salário aproximado: R$ 15 mil Onde estudar: Fundação Getulio Vargas, www.direitogv.com.br, e Universidade de São Paulo, www.direito.usp.br 2) ESPECIALISTA EM ENERGIAS RENOVÁVEIS Hora de se preparar para as oportunidades do futuro O estudante João Druzian, 22, diz que escolheu cursar engenharia mecânica com especialização em energias renováveis e tecnologia não poluente para fazer mais com menos -e não sobrecarregar a natureza. Aluno do quinto ano, ele faz estágio na consultoria Smarttech. "Não vai faltar trabalho. Acompanho as discussões sobre a popularização do carro elétrico e o uso de combustíveis sustentáveis na aviação comercial." Para Carlos Carneiro, coordenador do curso da Universidade Anhembi Morumbi, muitos projetos ligados à energia limpa serão estimulados pelo governo. "O papel da universidade é preparar os futuros engenheiros para quando essas oportunidades surgirem." O que faz: desenvolve projetos de uso de energia renovável de fontes não finitas, como solar e eólica Perspectivas: falta mão de obra, apesar do aumento da demanda por matrizes energéticas limpas Salário aproximado: R$ 8.000 Onde estudar: Universidade Anhembi Morumbi, http://portal.anhembi.br 3) DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES É preciso transmitir o conceito Tão importante quanto praticar sustentabilidade dentro de casa é ter capacidade de transmitir esse conceito a clientes, fornecedores, imprensa e investidores. Com a economia verde consolidando-se em diversos setores do mercado mundial, essas atividades ficarão concentradas nos profissionais de RI (relações com investidores). Presentes na vida de empresas com ações na bolsa ou daquelas que pretendem receber investimentos de fundos que compram fatias de "startups" para vitaminá-las, os profissionais de RI devem estar entre os mais requisitados pelo mercado. "Esse especialista começa a puxar a fila entre os mais procurados pelas empresas", diz Carlos Rossin, diretor da consultoria PwC Brasil (Pricewaterhouse Coopers). "Não basta contar com um profissional que ajude a desenvolver a sustentabilidade internamente. O RI é o mais indicado para levar a sustentabilidade do muro para fora, fazendo a interface entre a empresa e o mundo", diz. O que faz: traduz as práticas de sustentabilidade da empresa para o público externo (investidores, imprensa, fornecedores e clientes) Perspectivas: é um profissional fundamental nas organizações Salário aproximado: R$ 10 mil Onde estudar: Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), www.fipecafi.org 4) CONTABILISTA Relatórios devem incluir sustentabilidade A contabilidade vem passando por uma revolução para se adaptar aos novos tempos, afirmam especialistas. "O contador que não incluir sustentabilidade na medição do desempenho de uma empresa não tem futuro", diz Roberto Gonzalez, professor da Trevisan Escola de Negócios. "A Rio+20 buscará entender e usar a economia para inserir a sustentabilidade na vida empresarial. Isso só será possível quando os relatórios financeiros e contábeis forem integrados aos de sustentabilidade", diz José Roberto Kassai, professor da Fipecafi. O resultado pode ser percebido na mudança do perfil de quem se interessa por ciências contábeis. Profissionais de outras áreas estão migrando para aproveitar as oportunidades. É o caso de Carlos Lessa Brandão, 52. Formado em engenharia civil, o profissional tem MBA em finanças e trabalhou em ONGs nos últimos oito anos. Ele estuda formas de integrar esses relatórios nas corporações. "Estou em plena fase de transição profissional", diz. O que faz: prepara e analisa balanços e números das empresas Perspectivas: falta mão de obra qualificada Salário aproximado: R$ 10 mil Onde estudar: Fipecafi e Trevisan Escola de Negócios, www.trevisan.edu.br 5) COORDENADOR DE TRATAMENTO DE ÁGUA Legislação abre espaço para cargo Esse profissional monitora e coordena o processo de tratamento dos resíduos industriais ou residenciais até que a água escoada para rios tenha níveis de poluição aceitos pela legislação local. "Por ser uma atividade que requer conhecimento técnico e a responsabilidade de comandar equipes, a remuneração desse profissional é atraente e chega a R$ 10 mil", afirma Rafael Meneses, sócio-gerente do escritório carioca da consultoria de recrutamento Asap. O que faz: coordena o tratamento da eliminação de resíduos da água Perspectivas: a legislação sobre o tema é cada vez mais exigente e aumenta a procura por mão de obra qualificada nas estações Salário aproximado: R$ 10 mil Onde estudar: Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), www.senai.fieb.org.br 6) TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE Pequena empresa amplia mercado Braço direito do gestor, caracteriza-se por ser capaz de realizar múltiplas funções. O técnico deve estar preparado para colocar em prática projetos, fazer estudos técnicos e até mesmo análises em laboratórios. "A atuação é vasta e promissora, principalmente porque sua demanda cresce à medida em que pequenas e médias empresas despertam para a necessidade de desenvolver práticas sustentáveis", diz Emília Miyamaru, professora do curso de formação de tecnólogos em meio ambiente do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). O que faz: colabora para o planejamento e a prática de projetos ambientais, orientados pelo gestor Perspectivas: os técnicos são demandados por pequenas e médias empresas, que começam a acordar para a sustentabilidade Salário aproximado: R$ 3.000 Onde estudar: Senac São Paulo, www.sp.senac.br 7) GESTOR DE SUSTENTABILIDADE Políticas ambientais devem ser traçadas por especialistas Com o conceito de sustentabilidade em alta, é necessário buscar gestores com conhecimentos sobre o tema. Eles são responsáveis por alinhar a estratégia de negócio com as políticas de desenvolvimento sustentável. "A boa remuneração e a satisfação pessoal de estar contribuindo com o meio ambiente tem atraído profissionais de outras áreas", diz Christianne Canavero, 37, diretora de sustentabilidade da Dow América Latina. Empresas com ações na bolsa e multinacionais estão entre as que já possuem políticas estruturadas de gestão sustentável. Recentemente, a Unilever estabeleceu metas agressivas: dobrar de tamanho, reduzindo pela metade o impacto ambiental causado pela fabricação dos produtos. O que faz: estabelece políticas relativas ao tema. Perspectivas: são importantes para a estrutura de sustentabilidade Salário aproximado: R$ 15 mil Onde estudar: Fundação Instituto de Administração, www.fia.com.br; Insper, www.insper.edu.br, e Instituto Mauá de Tecnologia, www.maua.br 8) DESIGNER DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS Produtos verdes vão criar vagas O ecodesign promete ser muito mais do que um modismo passageiro. O profissional da área tem a missão de desenhar e planejar embalagens e produtos para durarem mais, com menores custos para a natureza e para o consumidor. Para Roberto de Aguiar Peixoto, pró-reitor acadêmico do Instituto Mauá de Tecnologia, o especialista em ecodesign é um exemplo de carreira do futuro, pois coloca em prática a visão multidisciplinar para aplicar a sustentabilidade no setor produtivo. Na universidade, o aluno tem aulas sobre temas da engenharia para adquirir conhecimentos técnicos e viabilizar projetos. O que faz: planeja embalagens e produtos com matéria-prima sustentável Perspectivas: grandes empresas têm programas agressivos de redução de impactos do descarte Salário aproximado: R$ 5.000 Onde estudar: Instituto Mauá de Tecnologia, www.maua.br 9) ENGENHEIRO AMBIENTAL E SANITÁRIO Norma para os resíduos impulsiona carreira na área Além da tendência mundial de elaboração de projetos verdes, as leis ambientais também impulsionam as carreiras sustentáveis. É o caso da Política Nacional de Resíduos Sólidos, promulgada em 2010, que exige estratégias municipais para o lixo. A norma, combinada à intensa atividade da construção civil, tem ampliado a demanda por profissionais que estudam temas como o solo. Outro campo que se abre para especialistas na área é o empreendedorismo. "Nenhum outro profissional é tão bem preparado para transformar lixo em oportunidades de ganhar dinheiro. Ele une conhecimento à consciência ambiental", diz Rubens Chagas, professor do Centro Universitário Senac. Na engenharia ambiental, a atividade que mais atrai Vitor Alexandre, 25, aluno do 1º semestre da Anhembi Morumbi, é a ligada ao reaproveitamento de materiais de construção. "Sobras de tijolo, cimento e plástico podem render mais do que casinhas de cachorro recicladas", diz. O que faz: fiscaliza e orienta terrenos e obras para verificar riscos de poluição Perspectivas: boas, pois a legislação ambiental amplia o campo de trabalho Salário aproximado: R$ 8.000 Onde estudar: Universidade Anhembi Morumbi 10) URBANISTA Como reduzir a agressão aos centros urbanos Algumas profissões tradicionais, como a de urbanista, foram repaginadas e ganharam espaço por serem capazes de aplicar a sustentabilidade ao desenvolvimento das cidades. "É necessário pensar a infraestrutura urbana como algo capaz de agregar a sustentabilidade", diz Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo). O que faz: estuda e desenvolve formas de construção e ocupação do espaço urbano menos agressivas ao meio ambiente Perspectivas: é crescente o número de obras e construções que adotam princípios verdes Salário aproximado: R$ 8.000 Onde estudar: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, www.usp.br/fau, e Universidade Secovi, www.universidadesecovi.com.br Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
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