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Todo poder aos candidatos

Novas redes sociais tentam facilitar o acesso de profissionais a informações sobre empregadores

Lucas Lima/Folhapress
Mariana Belchior usa uma nova rede social voltada para recrutamento
Mariana Belchior usa uma nova rede social voltada para recrutamento

DE SÃO PAULO

Quem quer trabalhar na IBM pode se surpreender ao descobrir que, na avaliação de um ex-funcionário, trata-se de uma empresa "global que possibilita trocas de experiências com gente inovadora", mas, ao mesmo tempo, é uma companhia "muito burocrática".

Essas informações foram escritas e publicadas na rede social Openthejob.com. Por enquanto, a página funciona como um painel em que funcionários ou ex-funcionários podem descrever, de forma anônima e breve, como é trabalhar naquela empresa. Até a última sexta-feira, havia 285 organizações listadas -55% delas tinham sido avaliadas.

Além de descrever fatores positivos e negativos e dar "conselhos" para gestores, usuários do site podem avaliar a empresa com uma nota. No caso da IBM, até a conclusão desta edição, a média de estrelas era de 3,78 -a nota máxima é 5.

A ideia é dar mais informações para quem quer se candidatar a uma vaga em uma determinada organização.

O Openthejob.com ainda está em versão beta e deve ser relançado com novas funcionalidades em agosto. Mas o foco não muda. "A intenção é que não só as empresas contratem as pessoas, mas as pessoas contratem as empresas", diz um dos fundadores, Eduardo Migliano, 24.

Facilitar o acesso dos candidatos a vagas por meio de informações também é o propósito da rede social Atlz (pronuncia-se Atlas), da empresária Paula Drumond Guedes, 30. A intenção da Atlz é aproximar universitários e recém-formados de empregadores interessados em contratá-los.

Ao criar um perfil na rede, o usuário diz o que estuda e em qual universidade.

Segundo Guedes, há hoje cerca de 17 mil usuários.

Na página, eles podem ficar "fãs" das empresas e obter, em um único lugar, informações sobre os diferentes processos seletivos.

A Atlz também busca facilitar alguns conceitos de recrutamento e seleção para o usuário. Além de ajudar o estudante a criar uma rede de profissionais conhecidos, a plataforma virtual oferece um formulário para a criação de um bom currículo.

EMPRESA "X"

Mariana Paula Sobral Belchior, 24, administradora de empresas recém-formada pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), está empenhada na busca por uma vaga de trainee.

Ela conta que começou a procurar na internet programas de treinamento e criou uma planilha com telefones, contatos e informações. "Quando abre o processo seletivo da empresa 'X'? Quando foi minha última consulta ao site da companhia 'Y'? Estou aguardando uma dinâmica da organização 'Z'", exemplifica Belchior.

A Atlz, ela diz, possibilita fazer esse trabalho de uma maneira mais dinâmica, interativa e rápida.

Para Maira Habimorad, da recrutadora Cia de Talentos, essas novas plataformas são úteis também para pequenas empresas que estejam interessadas em contratar jovens. "Para quem tem demanda menos expressiva por trainees ou estagiários é interessante, pois possibilita um contato direto."

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