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MBA deve ser feito na hora certa

Para aproveitar o máximo do curso, ideal é já ter experiência profissional

Simon Plestenjak/Folhapress
Wanderley Junior teve dificuldades para começar o MBA logo depois de terminar a faculdade
Wanderley Junior teve dificuldades para começar o MBA logo depois de terminar a faculdade

DE SÃO PAULO

O MBA tem o poder de alavancar cargos e salários, mesmo que a longo prazo, mas o curso não é adequado para qualquer profissional. Ao se matricular, é preciso já ter acumulado vivência na área.

Albert Sales, 33, é exemplo do que as escolas de negócios consideram ideal no aluno desse tipo de curso: quando chegou ao MBA, estava formado na faculdade havia cinco anos e já ocupara cargo de gerência.

"Eu tive tempo para pensar e para saber exatamente quais eram meus objetivos profissionais e em que áreas eu precisava de mais conhecimento", afirma Sales.

Ele terminou o curso em outubro do ano passado e foi promovido a diretor comercial da empresa de software xRM Brasil, com um salário 40% maior.

Marina Heck, coordenadora do programa internacional One MBA na Fundação Getulio Vargas, conta que os programas são voltados a profissionais que estão se preparando para assumir cargos de alta gerência e diretoria, ou pessoas que estão em transição de carreira e precisam agregar competências.

"Boa parte das escolas pede ao menos três anos de experiência. Não faz sentido um trainee fazer MBA", diz Heck.

Wanderley Galiego Junior, 24, teve a matrícula barrada em algumas faculdades justamente por causa da falta de experiência. Ele foi aceito em uma instituição que pede dois anos de carreira para aceitar os estudantes e iniciou o MBA logo depois de se formar na faculdade.

"Eu queria trabalhar com estratégia, por isso achava importante fazer o programa." Foi promovido a gerente de novos negócios na Socicam, que administra terminais rodoviários, ganhou aumento de quase 500% e agora planeja fazer outro MBA.

Para Roberto Picino, diretor-executivo da agência Page Personnel, o momento de fazer o curso, seja no Brasil ou no exterior, deve estar em sintonia com a carreira na empresa. "Às vezes, vemos gente muito jovem, com muitos cursos, mas pouca vivência corporativa, o que é negativo", afirma.

O candidato ao MBA deve ter o objetivo de ser líder em áreas como gestão e comércio. Pessoas com funções mais técnicas que não têm a intenção de serem gestoras podem apostar em programas de mestrado ou de doutorado, mais específicos.

"Um bom profissional da área de finanças que maneja bem certos conhecimentos pode ter um diferencial competitivo muito maior com um mestrado ou uma especialização", diz Picino.

(FM)

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