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Conselhos criam cartilhas para atuação de estrangeiro

Material traz código de ética, dicas e especificidades do mercado brasileiro

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO
Karime Xavier/Folhapress
Maria Isabel Luna, fisioterapeuta argentina, em São Paulo
Maria Isabel Luna, fisioterapeuta argentina, em São Paulo

Cartilhas com código de ética, dicas de emprego e regras para registro são as novas armas de conselhos profissionais para receber trabalhadores estrangeiros no Brasil.
A ideia surgiu para estabelecer padrões de conduta e oferecer subsídio para imigrantes, já que o número de autorizações para atuação no país cresce ano a ano.
No primeiro semestre de 2011, por exemplo, houve aumento de 19,6% em relação ao mesmo período de 2010 -as autorizações passaram de 22.188 para 26.545, segundo o Ministério do Trabalho.
O Conselho Federal de Nutrição é um dos que seguem nessa direção: lançará, em maio de 2012, apostila para reforçar as regras exigidas para a entrada legal de nutricionistas do Mercosul no Brasil.
O material, segundo Rosane Nascimento, presidente do conselho, trará dicionário de termos técnicos e lista de alimentos específicos do Brasil. O objetivo é sanar dúvidas comuns aos imigrantes, diz ela.
A expectativa, de acordo com Nascimento, "é de aumento de estrangeiros no país devido à alta da economia".
O cenário nacional é também o motivo apontado pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia para criar manuais e revistas que abordam imigração, entre outros temas.
Um dos intuitos é atrair mais mão de obra para o Brasil, segundo Ana Paula de Souza, presidente da Comissão do Mercosul do órgão.
"Recebemos apenas um profissional [estrangeiro] por ano", assinala Souza.
Uma crise financeira fez com que a fisioterapeuta Maria Isabel Luna, 57, deixasse a Argentina há 35 anos para tentar a vida no Brasil.
Entre entrega de currículos e processos seletivos, levou 20 dias para ser empregada.
"Tive a sorte de encontrar pessoas bacanas e ter a ajuda de amigos para encontrar emprego porque a profissão, na época, não era bem reconhecida no Brasil", considera.

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