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Concursos
Pesquisadores devem ter facilidade de comunicação e horários flexíveis
RAQUEL BOCATO
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes, o trabalho era feito
com papel e caneta. Nas visitas
a comércios e residências, os
pesquisadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) anotavam as respostas em um formulário.
Hoje, agentes de pesquisa do
órgão vão às ruas munidos de
PDAs (computadores de mão).
O dia-a-dia, no entanto, permanece basicamente o mesmo.
É o que conta o coordenador da
PME (Pesquisa Mensal de Emprego) na região metropolitana
do Rio de Janeiro, José Francisco Teixeira Carvalho, 40.
Uma vez por semana, os profissionais vão ao IBGE, onde
contam com uma sala de apoio
com computadores, para coletar as tarefas da semana -o que
inclui os locais de visita. Para a
PME, são 120 visitas por mês.
Essa é a única tarefa com "data certa". Nos outros dias, não
há dias ou horários fixos.
Essa maleabilidade, positiva
para uns, também pode ter seu
lado negativo. "Por vezes, os
entrevistados estão disponíveis
só à noite ou aos domingos."
Deparar-se com "informantes" -como são chamados os
pesquisados- que "atendem
mal, gritam e batem a porta na
cara" dos agentes também é
corriqueiro, conta Carvalho.
Nos casos de recusa na participação dos entrevistados, cabe
aos agentes reverter a situação
-que, em casos mais difíceis,
contam com a ajuda de supervisores. Por isso entre os pré-requisitos para o trabalho está o
desenvolvimento de ferramentas de comunicação pessoal.
No entanto, segundo ele, em
80% dos casos, os profissionais
do IBGE são bem recebidos.
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