S?o Paulo, domingo, 01 de agosto de 2010

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Salários são baixos, dizem profissionais

Para engenheiros desempregados, vagas existentes oferecem condições incompatíveis com o que exigem

DE SÃO PAULO

"Não recebo resposta nem de montadoras, em que trabalhei durante dois anos. Não consigo entender."
Diante da suposta urgência do mercado em contratar profissionais de sua área, o engenheiro de controle e automação Rodrigo Oliveira, 24, estranha o fato de estar desempregado há dois meses -um tempo que seria razoável em outros setores.
Mesmo com diploma de instituição de primeira linha, estágios em grandes empresas, inglês avançado e vivência no exterior, Oliveira e, segundo ele, alguns ex-colegas têm tido dificuldade de achar boas oportunidades.
"Há propostas de R$ 1.500, que, com descontos, representam menos do que se ganha em estágios", assinala.
Profissionais de tecnologia também enfrentam dificuldades. Cássio Murakami, 29, é formado em sistemas de informação e diz ter experiência em grandes projetos. No entanto, é outro fora do mercado há dois meses.
"Meu currículo foi elogiado por colegas com cargo de gerência, mas é preciso ter indicação", considera.
O setor em que Murakami atua, aliás, "tem mais trabalho para engenheiros que a própria engenharia", na análise do engenheiro Fernando, 29, que pediu para não ter o sobrenome publicado. "A remuneração é menor."
Do lado das empresas, há uma reclamação frequente sobre o nível técnico dos recém-formados que, por exemplo, deixam a faculdade sem dominar cálculo.
"Sabem usar a tecnologia, mas não desenvolver fórmulas", diz Orli Machado, presidente da C&M Software.


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