São Paulo, domingo, 02 de março de 2008

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COM OU SEM CURSO?

Auto-análise determina o melhor jeito para estudar

Candidato disciplinado se prepara sozinho; escola ajuda com macetes

GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Decidida a vaga a ser disputada, o candidato ainda precisa escolher como se preparar para chegar até ela: sozinho ou com ajudadeprofessores? Quemacabou de se graduar e ainda está com pique pode tentar sozinho. "Livros estão mais baratos, há fóruns on-line e sites de busca onde há informações sobre o que estudar.Quem preferir poderá fazer curso a distância", diz Carlos Eduardo Guerra, presidente da Anpac (Associação Nacional de Proteção eApoioaosConcursos).
Para quem opta pela modalidade a distância, é preciso dedicação. "É tanta quanto a de quem freqüenta o curso presencial", pondera Francisco Mariotti, coordenador- geraldoIetav System.
O cursinho ajuda quem não consegue nem ler o edital ou sente aquele mal-estar no estômago só de olhar a extensão da lista bibliográfica e a quantidadede critériosde classificação. "O conhecimento necessário para uma prova é de pelo menos 3.000 páginas", calcula Gustavo Felql Barchet, professorde direitoadministrativo.
Para o professor de técnica de estudo Adalberto Pinto, é preciso se munir tanto de conteúdo como demalícia para resolver questões de provas de concursospúblicos.
"O cursinho direciona o candidato, mostra quem é a banca examinadora, como aprender macetes da prova e, de tudo o que consta no edital, o que realmente pode ser perguntado", defende JoséWilsonGranjeiro, diretordaObcursos.
Dependendo do curso e do número de disciplinas, o gasto com umcurso preparatório variadeR$ 200aR$3.000.

Boa escolha
Para não errar na escolha do cursinho, a dica é pedir a opinião dequemjá passouemconcursoapóster feitoaulas.
Especialistas indicam ainda assistir à aula inaugural, checar o que a instituição oferece "sala de aula, bibliotecas, computadores, material didático" e conversar com alunos da escola. "Alunos trabalham muito em grupos. O boca a boca é a melhor forma de saber se o cursinho vai ser bom. Issotambém se discute nos fóruns de batepapo", diz Bôni de Oliveira, diretorda Máster Concursos.
"Não consigo estudar sozinho, não tenho disciplina", conta Eduardo de Lima Cruz, 26, que concorre a umposto da Polícia Civil desde 2005. "Vou começar o cursinho pela quarta vez [ele dura de três a quatro meses], é indispensável", diz. Já os diplomatas Hugo Lorenzetti, 29, eMaurício Candeloro, 27, contam que não fizeramcurso preparatório.
Candeloro formou um grupo de estudos e fez aulasparticularesde português e inglês. "Acho importante ler comdisciplina e fazer provas deanos anteriores, mas sem eliminar o lazer. Foi essencialnãodar ouvidos aoestresse dos ‘concurseiros’ profissionais", diz Lorenzetti.


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