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COM OU SEM CURSO?
Auto-análise determina o melhor jeito para estudar
Candidato disciplinado se prepara sozinho; escola ajuda com macetes
GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Decidida a vaga a ser disputada,
o candidato ainda precisa
escolher como se preparar para
chegar até ela: sozinho ou com
ajudadeprofessores?
Quemacabou de se graduar e
ainda está com pique pode tentar
sozinho. "Livros estão mais
baratos, há fóruns on-line e sites
de busca onde há informações
sobre o que estudar.Quem
preferir poderá fazer curso a
distância", diz Carlos Eduardo
Guerra, presidente da Anpac
(Associação Nacional de Proteção
eApoioaosConcursos).
Para quem opta pela modalidade
a distância, é
preciso dedicação. "É tanta
quanto a de quem freqüenta o
curso presencial", pondera
Francisco Mariotti, coordenador-
geraldoIetav System.
O cursinho ajuda quem não
consegue nem ler o edital ou
sente aquele mal-estar no estômago
só de olhar a extensão da
lista bibliográfica e a quantidadede
critériosde classificação.
"O conhecimento necessário
para uma prova é de pelo menos
3.000 páginas", calcula
Gustavo Felql Barchet, professorde
direitoadministrativo.
Para o professor de técnica
de estudo Adalberto Pinto, é
preciso se munir tanto de conteúdo
como demalícia para resolver
questões de provas de
concursospúblicos.
"O cursinho direciona o candidato,
mostra quem é a banca
examinadora, como aprender
macetes da prova e, de tudo o
que consta no edital, o que realmente
pode ser perguntado",
defende JoséWilsonGranjeiro,
diretordaObcursos.
Dependendo do curso e do
número de disciplinas, o gasto
com umcurso preparatório variadeR$
200aR$3.000.
Boa escolha
Para não errar na escolha do
cursinho, a dica é pedir a opinião
dequemjá passouemconcursoapóster
feitoaulas.
Especialistas indicam ainda
assistir à aula inaugural, checar
o que a instituição oferece "sala
de aula, bibliotecas, computadores,
material didático" e
conversar com alunos da escola.
"Alunos trabalham muito
em grupos. O boca a boca é a
melhor forma de saber se o cursinho
vai ser bom. Issotambém
se discute nos fóruns de batepapo",
diz Bôni de Oliveira, diretorda Máster Concursos.
"Não consigo estudar sozinho,
não tenho disciplina",
conta Eduardo de Lima Cruz,
26, que concorre a umposto da
Polícia Civil desde 2005. "Vou
começar o cursinho pela quarta
vez [ele dura de três a quatro
meses], é indispensável", diz.
Já os diplomatas Hugo Lorenzetti,
29, eMaurício Candeloro,
27, contam que não fizeramcurso
preparatório.
Candeloro formou um grupo
de estudos e fez aulasparticularesde
português e inglês. "Acho
importante ler comdisciplina e
fazer provas deanos anteriores,
mas sem eliminar o lazer. Foi
essencialnãodar ouvidos aoestresse
dos ‘concurseiros’ profissionais",
diz Lorenzetti.
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