São Paulo, domingo, 02 de maio de 2004

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Desemprego incentiva concursos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os níveis recordes de desemprego na região metropolitana de São Paulo (20,6% da população economicamente ativa em março, segundo a Fundação Seade e o Dieese) levam mais pessoas a sonhar com um emprego estável.
"O mercado hoje está feroz. O perfil exigido do trabalhador é o de super-homem: o profissional precisa estar disposto a dar o sangue pela empresa, conciliar com o trabalho uma pós-graduação ou um MBA, tomar cerveja com os amigos e ainda passar a imagem de uma pessoa que tem uma vida saudável", avalia a consultora Patricia Molino, da KPMG.
A intensa concorrência por vagas não favorece os mais velhos. "Um profissional de 40 anos tem poucas chances de boa colocação na iniciativa privada. Ou ele já atingiu um patamar de destaque na carreira, ou corre o risco de ser desligado da empresa", diz Zélia de Almeida, professora de recursos humanos e gestão de pessoas do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) do Rio.
"As pessoas atualmente estão inseguras e querem garantir o seu trabalho. Muita gente chega aqui dizendo que a única maneira que encontrou para conseguir alguma estabilidade foi tentar um concurso público", conta José Luís Romero, diretor do cursinho preparatório Central de Concursos.


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