São Paulo, domingo, 02 de maio de 2004

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Em casa ou no cursinho, candidato deve ter disciplina e tempo hábil para assimilar temas complexos

Preparação tem início seis meses antes das provas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na corrida dos concursos, quem pretende agarrar uma vaga tem de se dedicar com afinco. As carreiras mais concorridas chegam a ter mais de cem candidatos disputando cada posto, e é preciso estar bem preparado para figurar no time dos aprovados.
O conteúdo exigido, dependendo da carreira, pode ser extenso, o que exige tempo. Começar a estudar com seis meses de antecedência, no mínimo, é a primeira dica importante para os candidatos. Assuntos complexos como legislação tributária e regras de administração pública, comuns em muitos concursos, não são aprendidos do dia para a noite.
"Comecei a estudar para prestar concurso há pouco mais de um ano. Fiz um plano de estudos pelo qual estaria realmente preparado por volta do meio deste ano", exemplifica Juliano Zamboni, 25, que tenta vaga na procuradoria do município de São Paulo.
"As provas dos principais concursos privilegiam questões analíticas, o que exige conhecimento mais aprofundado", explica Estefânia de Queiroz, coordenadora do curso de advocacia pública do Instituto Exord. Ela diz que a preparação deve começar com o candidato definindo bem o seu objetivo e a área de interesse.
"As matérias se repetem em concursos de uma mesma área e assim é possível se preparar para mais de um ao mesmo tempo."

Cursinhos
Há quem não hesite em procurar um cursinho especializado em concursos na hora de iniciar a sua preparação. A estratégia é válida, principalmente se for aliada a um plano de longo prazo ou para quem tem pouca disciplina para estudar sozinho.
"No nosso trabalho, orientamos os candidatos em relação às provas e também os ajudamos a se atualizar", diz o ex-agente fiscal de renda Richard Haddad, um dos sócios do Pró-Concurso.
Voltar às salas de aula também é útil para se aprofundar em temas que estão fora da área de especialização do candidato. "Um engenheiro que for prestar concurso para auditor fiscal, por exemplo, não estudou legislação nem contabilidade [na graduação]", completa Haddad.
O candidato, no entanto, não deve acreditar que apenas as aulas serão suficientes. É preciso estudar sozinho. Às horas gastas em sala de aula devem se seguir outras tantas de estudo extra.
É fundamental ter paciência. E muita. Mesmo com todo o empenho e dedicação, a aprovação pode demorar. São poucos os que conseguem bons resultados já nos primeiros concursos.
Com o tempo -e experiência- o candidato ganha "intimidade" com as provas, aprende a encarar os processos seletivos com calma e consolida o que aprendeu nos estudos. (RAP)


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