COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Brasil deve contar nos próximos dias com uma nova Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Já discutida e aprovada pelos ministérios da Saúde, do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, ela determina diretrizes de prevenção e só aguarda publicação no "Diário Oficial da União".
A medida visa ampliar a proteção acidentária para os trabalhadores. Além disso, estabelece uma rede integrada de saúde do trabalhador com a atuação dos três ministérios, desenvolve programas de gestão de segurança e medicina ocupacional e propõe o investimento em pesquisas na área.
Outra diretriz é estimular a cultura da prevenção nas empresas. Política que, se bem orientada, pode ajudar a evitar casos como o do marceneiro Ivo dos Santos, 74.
Ele trabalhou em uma firma de caixas d'água por 34 anos com exposição direta ao amianto. Há 15 anos, foi aposentado por invalidez. No diagnóstico, asbestose, uma doença pulmonar causada pela aspiração prolongada de asbesto (amianto).
A fábrica não fornecia equipamentos de proteção nem contava com recursos para impedir que a substância circulasse pelos arredores.
"Já perdi muitos amigos, e várias pessoas que moravam próximas da empresa desenvolveram câncer de pulmão."
A frequente exposição a gases, vapores, névoas e aerosóis com agentes tóxicos, como o amianto e a sílica (utilizada em marmorarias), podem irritar o sistema respiratório, explica Ana Luiza Fernandes, pneumologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).


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