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gestão
Demanda por reunião virtual cresce em caos aéreo
Videoconferência foi recurso para quem esteve impedido de viajar
Humpert
em sala de
videoconferência
da Procter & Gamble
DA REPORTAGEM LOCAL
A nuvem do vulcão islandês
Eyjafjallajokull cobriu a Europa em abril, impedindo o deslocamento aéreo de cerca de 10
milhões de pessoas. A saída para os que tinham reunião marcada foi uma outra nuvem, a
que cobre o mundo por meio de
computadores interligados.
O impacto foi sentido no
mundo todo por causa do aumento de videoconferências. A
busca por sistemas de reuniões
virtuais cresceu, segundo empresas do setor, como a Cisco e
a Talk-AndWrite.
Eduardo Ponce, presidente
da Colaboração Virtual, de serviço de videoconferência para
empresas, afirma que a procura
de companhias para conhecer
seus produtos cresceu 200%.
As salas que aluga com o equipamento tiveram cerca de 20%
a mais de demanda, diz ele.
"Me ligaram dizendo: "não
podemos continuar dependendo do sistema aéreo, precisamos de um de contingência"."
A Polycom, que oferece serviços de tecnologia da informação para empresas de videoconferência, notou o aumento
de demanda em vários clientes
pelo mundo. Entre elas, a Regus, uma das líderes em aluguel
de salas para esse tipo de reunião, teve aumento de demanda de 108% no Reino Unido.
Segundo o diretor da Polycom no Brasil, Paulo Ferreira,
há uma má interpretação sobre
a utilidade deste tipo de serviço
nas empresas do país.
De acordo com ele, as empresas buscam a ferramenta apenas para a redução de custo, e
não inserem sua utilização nos
processos produtivos.
Parte de uma obra, como vistoria dos projetos pode ser feita
eletronicamente, reduzindo as
viagens para encontro mais decisivos, como escolha de terreno, exemplifica Ferreira.
Preparação
Em emergências, como a do
vulcão, a equipe estar preparada para encontros virtuais também faz a diferença, opina Stephanie Humpert, que estava
em Londres para treinamento
da Procter & Gamble, multinacional de consumo de varejo.
"Temos um programa no
computador que permite ver a
mesma apresentação [em tempo real, independentemente de
onde a pessoa esteja]", destaca.
Com a ferramenta, ela participou de reunião que ocorria
em São Paulo, enquanto estava
impossibilitada de deixar a capital do Reino Unido.
Bárbara Gurjão, gerente de
marketing, fez teleconferência
com controladores portugueses impedidos de vir ao Brasil
devido à interrupção do tráfego
aéreo na Europa.
"A diferença entre uma videoconferência e [uma reunião] presencial, é que eles [os
portugueses, quando estão
aqui,] ficam dois três dias andando pelo escritório, sentindo
o clima das pessoas. Isso ficou
defasado", afirma Gurjão.
(AL)
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