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EMOÇÕES SOB CONTROLE
Empresas medem nível de inteligência emocional de chefes
Lado técnico pode ficar ofuscado pelo comportamental
Marcelo Justo/Folha Imagem
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Adriana Macedo, que gritou com colega e agora diz se controlar |
RAQUEL BOCATO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os profissionais são contratados pela competência técnica, mas demitidos pelas competências comportamental e
emocional. A máxima, com variações, é constante em consultorias e departamentos de RH.
Não é à toa que muitas companhias contam com avaliações
de competências emocionais
nos relatórios de desempenho.
As habilidades técnicas podem
ser ofuscadas pela falta de controle sobre as emoções, dizem.
Na montadora Nissan, as
competências comportamentais e emocionais são analisadas -e os executivos conhecem sua posição num ranking
elaborado pelo RH, sem, no entanto, saberem a dos colegas.
Na empresa de soluções para
diagnósticos Roche Diagnóstica, essa "medição" também é
feita. "Tínhamos um modelo
que considerava resultados
atingidos, mas não como eram
atingidos", diz a responsável
pela área de treinamento e recrutamento Patrícia Neves.
Agora, afirma, a avaliação de
cada um é "mais completa e
justa", e os planos de desenvolvimento são mais eficazes.
Para consultores, a responsabilidade pelo desenvolvimento das competências emocionais é também da empresa.
"Não é uma invasão, mas
uma oportunidade para os colaboradores se aprimorarem",
destaca o diretor de desenvolvimento humano Wladimir
Martins, da indústria de compostos para plástico Cromex.
Por isso cabe à empresa oferecer cursos e orientação, afirma Adriana Fellipelli, sócia-diretora da consultoria Fellipelli.
Variação
Os nomes adotados variam
nas organizações, mas boa parte adota cinco pilares -autoconsciência, autocontrole, automotivação, empatia e habilidades sociais (veja ao lado).
Uma coisa, contudo, é certa:
independentemente da terminologia, a avaliação emocional
tem se estendido no mercado.
Já faz parte da seleção de muitas firmas em diversos cargos,
mesmo os operacionais, diz Fátima Ohl Braga, sócia-diretora
da consultoria Ohl Braga.
O acompanhamento, porém,
ainda faz mais parte do universo dos cargos de chefia. "As ferramentas de monitoramento
são acessíveis, mas o investimento no desenvolvimento do
profissional é oneroso para as
firmas", pondera Marisabel Ribeiro, diretora de gestão de talentos da consultoria Right.
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