S?o Paulo, domingo, 02 de outubro de 2011

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Individualismo traz problemas à gestão

Falta de vínculo com a organização pode comprometer liderança caso os jovens de hoje não sejam preparados

DE SÃO PAULO

Lidar com o próprio individualismo será um dos principais deveres do líder do futuro, na avaliação de 6 dos 10 líderes de multinacionais consultados pela Folha.
Os jovens, principalmente os da geração Y (nascidos de 1978 a 2000), querem ser atendidos de forma individual e, por vezes, sentem-se insatisfeitos com a empresa, avalia Maurício Rossi, 43, diretor de recursos humanos da farmacêutica Roche Diagnóstica.
"O tempo da empresa nem sempre é o tempo dos jovens profissionais, e esse desequilíbrio deve ser resolvido [antes de uma promoção]", diz.Com perfil imediatista, eles têm ambição de crescer -mesmo sem preparação.
Para Eliane Aere, 46, diretora de RH da Ticket, da área de benefícios corporativos, o individualismo pode tornar-se problema no futuro se as pessoas não criarem vínculo com a organização.
"Com a diversidade de trabalhadores, o gestor tem a obrigação de passar a cultura da companhia e de mostrar que concorda com ela."
O amadurecimento dos jovens, que serão os líderes das próximas décadas, pondera Aere, pode amenizar o problema. "Capacitar os funcionários de hoje significa ter gestores preparados no futuro", considera a diretora.
As práticas já implementadas por organizações, como o "job rotation" (rodízio de funções) e o envio de talentos ao exterior, aceleram a evolução dos jovens, segundo Patrícia Molino, sócia de gestão da consultoria KPMG.
"O ideal é que as empresas misturem as gerações para se beneficiarem da diversidade."



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