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ENGENHARIA AMBIENTAL
Preservação faz germinar profissão no campo verde
Sustentabilidade e aquecimento global estimulam nova habilitação
LIA VASCONCELOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ao fincarem raízes na sociedade contemporânea, temas
como aquecimento global, poluição, sustentabilidade e preservação da natureza fazem
florescer as chamadas profissões verdes. Dentre elas, destaca-se a engenharia ambiental.
Com atuação na preservação
da qualidade da água, do ar e do
solo a partir de diagnóstico,
controle e recuperação de
meios urbanos e rurais, essa ramificação da engenharia é responsável pelos sistemas de produção ambientalmente viáveis.
O profissional que se envereda por essa trilha encontra
oportunidades em centros de
pesquisa, órgãos executores de
gerenciamento e controle ambiental, organizações não-governamentais, agências reguladoras, universidades e indústrias de variadas atividades.
De modo geral, o que o mercado busca, além de competência técnica, são pessoas criativas, curiosas, com boa cultura,
habilidade para comunicar
idéias e rapidez de raciocínio.
"Viajo muito pelo Brasil, o
que me dá possibilidade de ter
contato permanente com a gestão ambiental praticada no cerrado, na mata atlântica e na
Amazônia. E isso é muito interessante", relata Vitor Monteiro Cabral, analista florestal da
mineradora Vale.
Nem tudo, porém, são flores
na profissão. Na análise de Antonio Botelho, consultor sênior
da Watson Wyatt, entre as atribuições da carreira está a de lidar com a burocracia de órgãos
do governo, que inclui longos
processos de licença ambiental.
"É a parte tediosa e, ao mesmo tempo, desafiadora", diz.
De acordo com Botelho, os
novos campos abertos pelas
metas do Protocolo de Kyoto,
que prevê a redução das emissões dos gases de efeito estufa,
também chamam a atenção.
Futuro hoje
A profissão, regulamentada
em 2000, é relativamente nova.
Em todo o país, existem poucos
cursos de graduação, o que a
torna uma das poucas áreas em
que a oferta de trabalho permanece maior do que a procura.
Pesquisa feita pela Firjan
(Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro) com
415 empresas em âmbito nacional comprova que engenharia
ambiental é não só a coqueluche do momento mas também
uma das profissões com maior
potencial de crescimento.
A carreira foi avaliada como a
segunda profissão, entre dez
possibilidades (só perde para
engenharia de petróleo), no
ranking das que apresentam as
melhores perspectivas profissionais para o ano de 2015.
CINCO RAZÕES
Preocupação crescente das empresas em agir com sustentabilidade
Comércio de créditos de carbono
Demanda por energias limpas
Rigidez da legislação ambiental
Processos cada vez mais complexos de licenciamento ambiental
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