São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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ENGENHARIA AMBIENTAL

Preservação faz germinar profissão no campo verde

Sustentabilidade e aquecimento global estimulam nova habilitação

LIA VASCONCELOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ao fincarem raízes na sociedade contemporânea, temas como aquecimento global, poluição, sustentabilidade e preservação da natureza fazem florescer as chamadas profissões verdes. Dentre elas, destaca-se a engenharia ambiental.
Com atuação na preservação da qualidade da água, do ar e do solo a partir de diagnóstico, controle e recuperação de meios urbanos e rurais, essa ramificação da engenharia é responsável pelos sistemas de produção ambientalmente viáveis.
O profissional que se envereda por essa trilha encontra oportunidades em centros de pesquisa, órgãos executores de gerenciamento e controle ambiental, organizações não-governamentais, agências reguladoras, universidades e indústrias de variadas atividades.
De modo geral, o que o mercado busca, além de competência técnica, são pessoas criativas, curiosas, com boa cultura, habilidade para comunicar idéias e rapidez de raciocínio.
"Viajo muito pelo Brasil, o que me dá possibilidade de ter contato permanente com a gestão ambiental praticada no cerrado, na mata atlântica e na Amazônia. E isso é muito interessante", relata Vitor Monteiro Cabral, analista florestal da mineradora Vale.
Nem tudo, porém, são flores na profissão. Na análise de Antonio Botelho, consultor sênior da Watson Wyatt, entre as atribuições da carreira está a de lidar com a burocracia de órgãos do governo, que inclui longos processos de licença ambiental.
"É a parte tediosa e, ao mesmo tempo, desafiadora", diz.
De acordo com Botelho, os novos campos abertos pelas metas do Protocolo de Kyoto, que prevê a redução das emissões dos gases de efeito estufa, também chamam a atenção.

Futuro hoje
A profissão, regulamentada em 2000, é relativamente nova. Em todo o país, existem poucos cursos de graduação, o que a torna uma das poucas áreas em que a oferta de trabalho permanece maior do que a procura.
Pesquisa feita pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) com 415 empresas em âmbito nacional comprova que engenharia ambiental é não só a coqueluche do momento mas também uma das profissões com maior potencial de crescimento.
A carreira foi avaliada como a segunda profissão, entre dez possibilidades (só perde para engenharia de petróleo), no ranking das que apresentam as melhores perspectivas profissionais para o ano de 2015.

CINCO RAZÕES
Preocupação crescente das empresas em agir com sustentabilidade

Comércio de créditos de carbono

Demanda por energias limpas

Rigidez da legislação ambiental

Processos cada vez mais complexos de licenciamento ambiental


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