São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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ENERGIA

Setor acende luz no fim do túnel a vários profissionais

Descoberta de petróleo, exportação de etanol e PAC reforçam carreiras

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Petrobras anunciou há poucas semanas a descoberta de reservas de petróleo, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) promete investir bilhões de reais em infra-estrutura energética e o Brasil visualiza um futuro brilhante como líder em exportação de etanol.
Não à toa, as profissões ligadas ao reforço e à diversificação da matriz energética estão a todo o vapor. Engenharias petrolífera e energética, agronomia e bioenergia são algumas delas.
Trabalho não vai faltar. Os testes realizados pela Petrobras no campo de Tupi, na bacia de Santos, indicam aumento de 50% nas reservas atuais.
Em outra frente, com uma previsão de aporte de recursos da ordem de R$ 275 bilhões até 2010, a área de infra-estrutura energética terá a maior fatia do bolo de investimentos do PAC.
Petróleo e gás levam R$ 179 bilhões, enquanto para o desenvolvimento de fontes renováveis serão destinados R$ 17 bilhões. O setor elétrico receberá R$ 66 bilhões para investimento em geração de energia e R$ 12 bilhões para projetos de transmissão e distribuição.
De acordo com especialistas, a demanda por profissionais no setor de energia, como em petrolíferas e em companhias de gás, está fortemente aquecida, e tudo indica que assim permanecerá nos próximos anos.
Graduados nessa área -sejam de nível superior, sejam técnicos- continuam escassos, principalmente aqueles que dominam mais de um idioma.
"Há muito potencial de crescimento para os que atuam com relações com investidores em empresas que comercializam energia", pontua Antonio Botelho, da Watson Wyatt.

Álcool
"Se quisermos dar um salto e nos transformarmos em exportadores de álcool, teremos de aumentar a produção", comenta o consultor Gustavo Isaia, coordenador do primeiro curso de engenharia bioenergética no Brasil, a ser implantado em cinco universidades.
O futuro parece promissor, já que a expectativa é que o país dobre e até triplique sua produção de álcool em 15 anos. Isso porque há uma grande aposta no interesse do mercado externo em obter álcool do Brasil, que já exporta cerca de 15% de sua produção. É possível que o programa brasileiro do etanol dobre a sua produção até 2011.
Os agrônomos também vão sair ganhando. "A onda de biocombustíveis demanda profissionais de agronomia", avalia Karin Parodi, diretora da Career Center. (LIA VASCONCELOS)
CINCO RAZÕES
Descobertas recentes de reservas petrolíferas na bacia de Santos

Investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)

Aumento da produção de etanol

Necessidade de diversificação da matriz energética brasileira

Energias limpas


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