S?o Paulo, domingo, 03 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

ESTÁGIOS E TRAINEES

Criação de vídeo inibe candidato

Etapa de elaboração de curta sobre trajetória e perspectivas tem taxa de abstenção de até 30%

ADRIANA CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Muitos candidatos deixam os longos processos de trainee pelo caminho, mesmo aprovados para fases seguintes. Além de testes on-line, dinâmicas, painéis e entrevistas, uma é especialmente responsável pela desistência: a de elaboração de vídeo.
Os motivos vão desde um emprego obtido no meio do processo até a timidez de aparecer em frente à câmera.
"O vídeo, muitas vezes, assusta o candidato porque ele não domina a técnica ou não tem ideia sobre o que fazer", avalia o gerente da Foco Talentos, Gustavo Nascimento. Segundo ele, entre 25% e 30% dos candidatos deixam o processo nesse estágio.
O diretor da Human Brasil Fernando Monteiro da Costa concorda que o índice de desistência é alto nessa fase.
A concentração de seleções no mesmo período -cerca de 70% no segundo semestre- também contribui para o abandono. "Muitas vezes, eles se inscrevem sem conhecer a empresa e sem saber detalhes sobre o programa. Aí começam a encavalar datas, compromissos e provas", diz Nascimento.
Na época em que terminava a graduação em comunicação social, Marcus Ricardo Silva, 24, chegou a pensar em não fazer a etapa de vídeo. Só continuou na disputa graças à ajuda de amigos, que o ajudaram com a produção. "Minha vida estava atribulada, com trabalho de conclusão de curso para terminar." A consultora da Cia de Talentos Irina Schuchman destaca que tarefas como a de vídeo exigem mais dedicação. Mas diz que elas servem como filtro, deixando no páreo quem quer seguir na disputa.
Segundo ela, ferramentas para a criação do curta-metragem não são problema. "As atividades podem ser feitas em bibliotecas, LAN houses e universidades."

TIMIDEZ
Insegurança e timidez são causas que o consultor da Corrhect Paulo Henrique Rocha aponta para a desistência a vagas de trainee. "É preciso se adaptar, porque competências comportamentais são cada vez mais consideradas", orienta.
"Em áreas técnicas, esse tipo de avaliação pode inibir bons candidatos", ressalva Fernando Monteiro da Costa, da Human Brasil.
Para Elizabeth Pelay, gestora da Across, a participação em blogs é melhor. "[O candidato] conhece mais a empresa e decide melhor."


Texto Anterior: Concursos: Instituições buscam profissionais com ensino médio ou superior
Próximo Texto: Gravação pede poder de síntese, criatividade e sequência lógica
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.