São Paulo, domingo, 03 de maio de 2009

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Corte de subsídio da empresa passa dívida de curso para aluno

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Algumas empresas pagam, parcial ou totalmente, cursos de aperfeiçoamento para seus funcionários. Mas o ano começou com um cenário diferente em muitas delas, que tiveram de cortar também esses custos.
Um levantamento recente da consultoria de recursos humanos Towers Perrin aponta que 30% das companhias já cortaram verbas de treinamento, 15% ainda irão fazê-lo e 25% estão analisando essa ação sem terem tomado uma decisão.
No caso de corte desse tipo de gasto, quem já começou a fazer um curso deve tentar renegociar os valores que não foram pagos com a instituição de ensino, diz José Carlos Luxo, professor da FIA (Fundação Instituto de Administração).
Outras opções são pleitear uma bolsa de estudo ou apertar o orçamento e até mesmo usar reservas para terminar o curso e não perder o investimento.
"Se o curso agrega competências, vale a pena até pensar em se desfazer do carro, pois é um diferencial que vai garantir a empregabilidade", aconselha Alexandre Assaf Neto, professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).
Quem está pensando em iniciar uma especialização agora e já sabe que não vai contar com o apoio da empresa deve poupar a quantia necessária para ter condições de pagar à vista. "Com o dinheiro em mãos, também é mais fácil conseguir desconto", observa Luxo.

Bolsa
Uma saída popular entre estudantes é tentar uma bolsa de estudo na instituição de ensino. Dependendo da modalidade, custeia até 100% do curso.
"Se o aluno tiver um histórico bom, as instituições terão interesse em mantê-lo e poderão negociar facilidades, muitas vezes sem juros", acrescenta Assaf Neto, da Fipecafi.
Esse é um recurso imprevisível, já que o aluno não tem como saber de antemão se conseguirá a bolsa ou o acordo.
Apesar da precaução, há quem aproveite o momento para ganhar bagagem no exterior de olho em oportunidades.
O economista Gustavo Pimentel, 28, pegou as economias de dois anos para pagar 10 mil dos 48 mil de uma pós-graduação na IE Business School, em Madri. O restante foi pago com empréstimo com um banco parceiro da escola. "A taxa de juros atual é de 3% ao ano, algo que não existe no Brasil."
Agora, espera ter um aumento de cerca de 50% em relação ao emprego anterior, além de aumento nas responsabilidades. (JV)


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