DA REPORTAGEM LOCAL

A restrição ao exercício da profissão àqueles com registro profissional, como acontece em boa parte das carreiras, faz com que trabalhadores tenham de retornar aos bancos escolares -mesmo que os assentos sejam virtuais, e a aula, a distância.
Assim que se formou técnico eletrônico, há quase 40 anos, Jaci Vasconcelos Sant'Anna, 58, diz ter encontrado emprego imediatamente -ganhando o salário de um profissional do setor, mesmo sem ter feito estágio nessa área.
O mercado de trabalho estava tão bom para esses profissionais, conta Sant" Anna, que, ao ser contratado por uma empresa do setor, não voltou à escola para buscar o diploma.
"Naquela época, não havia dificuldade em encontrar emprego porque o mercado precisava muito de técnico eletrônico. Por isso ninguém tinha registro [profissional]", conta.
Há dois anos, no entanto, uma norma técnica exige que esses profissionais tenham o documento.
As mudanças ocorridas no mercado de trabalho nas últimas décadas foram tantas, diz ele, que agora é obrigado a recuperar tanto o diploma como a expertise para trabalhar no setor.

Certificação
Com o corretor de imóveis Isaque Audician, 29, o processo foi semelhante: teve de buscar profissionalização na área em que atuava como estagiário.
"Para mim foi difícil conciliar trabalho e família, mas o curso me deu base [para a atuação profissional]", diz Audician, que levou um mês para finalizar o curso a distância e receber o diploma.


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