Experiência vale na obtenção de créditos para conclusão do curso

DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O trabalho social entrou de vez para a grade curricular da graduação. Agora, estudantes de ensino superior se deparam com a possibilidade de concluir o curso com estágios em instituições do terceiro setor.
A Uninove é uma das instituições de ensino que permitem ao aluno -após 200 horas de atividades complementares- incluir ações de voluntariado nos créditos cursados.
A instituição oferece aos estudantes até uma opção de estágio social remunerado, em parceria com o Centro de Voluntariado de São Paulo.
Para a diretora de responsabilidade social da Uninove, Paula Cavagnari, é importante que o aluno tenha uma "visão social" antes de ingressar no mercado de trabalho.
"Não é só em aula que o processo de aprendizagem acontece", opina Antonieta Oliveira, vice-diretora de graduação em administração da FGV (Fundação Getulio Vargas).
A faculdade implementará este ano a obrigatoriedade de atividades complementares, que incluem a área de responsabilidade social.

Outros objetivos
Por vezes sem ligação com a área de atuação profissional, a iniciativa é vista por alguns alunos só como forma de obter créditos escolares.
Foi isso o que motivou a estudante de enfermagem Sonia Ferreira Lima, 27, a se inscrever em uma atividade social.
A experiência, contudo, a fez mudar de opinião. "É como se estimulasse o aluno a procurar mais conhecimentos."
A atividade, diz Camila Duarte, coordenadora do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), também terá valor em entrevistas, já que permite o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe.
"As empresas valorizam atividade social", afirma Duarte.
A coordenadora de responsabilidade social da consultoria Gelre, Maria de Fátima e Silva, complementa: "É importante que o aluno inclua as experiências no currículo."


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