MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de não serem o ideal para quem vislumbra a estabilidade da carreira pública, os concursos para servidores temporários dão uma visão geral do que é o trabalho nesses órgãos e podem agregar valor ao currículo dos futuros candidatos a um posto efetivo.
Até o dia 8 de agosto, estão abertas as inscrições para o processo seletivo simplificado que vai escolher 1.051 profissionais temporários em diversos ministérios, como o do Turismo e o das Cidades, entre outros (leia mais ao lado).
De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a contratação de temporários deve-se a necessidades emergenciais das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Os funcionários desenvolverão as atividades por até quatro anos. O tempo varia de acordo com o cargo ou com o projeto e poderá ser prorrogado por um período igual ao inicial.
Para o geólogo Rubens Marques Luiz, 47, que é empregado temporário do Ministério da Integração desde 2005, esse é o primeiro passo para conseguir uma posição mais estável. "Mas não dá para parar de estudar. Os outros concursos são muito concorridos", pondera.
A experiência em um órgão público também pode aumentar os pontos do concursando quando uma das etapas da prova é a análise curricular.

Na balança
Se, por um lado, o currículo é valorizado, por outro, o temporário é obrigado por lei a esperar dois anos antes de participar de concursos públicos.
"Outra desvantagem é que, quando há cursos de qualificação, a prioridade para participar é dos efetivos", diz Luiz.
Mas o fato de estar dentro de um órgão público ajuda a solidificar os conhecimentos adquiridos e a preparar-se para novos exames, na visão de Juliana Noel, 34, que trabalha como temporária há um ano no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.


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