São Paulo, domingo, 03 de setembro de 2006

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Cursos

E-mail é "lupa" em erro de português

Treinamento visa evitar que correio eletrônico mal redigido prejudique imagem da empresa

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Hoje, as empresas se preocupam como nunca com o português dos funcionários. Pudera. A internet criou uma poderosa ferramenta de comunicação, que agilizou sobremaneira vários processos das empresas: o e-mail. Só que, nas mãos "erradas", ele pode virar uma arma.
"O e-mail transmite a imagem da empresa, como um cartão de visitas", diz Renato de Albuquerque Cítero, consultor da Deloitte Touche Tohmatsu.
"Montei um curso "in-company" para uma empresa porque a diretora de RH já não agüentava mais receber e-mails dos funcionários com erros de português", conta a professora Laurinda Grion, que comanda uma escola de São Paulo.
Para ela, as dúvidas não escolhem profissão ou nível escolar. "A maior parte dos meus alunos tem graduação em nível superior", afirma. "Quanto mais acima na hierarquia, mais um erro de português chama a atenção", ressalta Cítero.
A administradora de empresas Ana Paula Pêgas Dorés, 39, que atua como secretária da presidência em uma empresa de advocacia, participou do curso de redação da Grion.
Sua intenção era adquirir segurança para redigir cartas. "Sempre estamos escrevendo ou nos comunicando com outras pessoas", diz. Ela conta que vai dar continuidade aos estudos da língua: "Quero tirar minhas dúvidas sempre, para me aprimorar. O idioma é imprescindível em qualquer carreira".
Muito sucinto, o curso oferece subsídios para tirar as principais dúvidas de pontuação e concordância verbal, além de apresentar várias dicas para que o profissional escreva com clareza e objetividade. As explicações são intercaladas com vários exercícios, muitos deles, em cima de exemplos de erros cometidos na mídia impressa.
"Escrever é reescrever", repetiu a professora Laurinda Grion do começo ao fim do curso, que teve duração de um dia (há outros formatos com maior carga horária). Ela também desmistificou alguns modismos ("junto a", "a nível de") e colocou na lista dos "pecados mortais" as frases feitas, a ambigüidade, o gerundismo (utilização do gerúndio para formar frases no futuro) e o queísmo (exagero no uso do "que"). Os alunos recebem uma apostila do curso em forma de livro.


GRION Redação Empresarial: R$ 350 à vista (www.cursosgrion.com.br).


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