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Sua carreira: vendas diretas
Setor cresce 16% no 1º semestre
Revendedor autônomo encontra novos ramos para atuar, de vestuário a suco importado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para trabalhar com vendas
diretas, dizem especialistas da
área, gostar de se relacionar é o
primeiro passo. A partir daí,
basta escolher um produto.
Nessa etapa, é importante
perceber que não é só de
cosméticos que vive o setor:
é possível revender suplementos nutricionais, utilidades domésticas, vestuário e até suco.
Hoje, há mais de 1,5 milhão
de profissionais revendedores
no país, o que faz do Brasil o
quinto no ranking mundial.
No primeiro semestre de 2006,
o setor movimentou R$ 6,4
bilhões, 16% a mais do que
no mesmo período de 2005
(sem descontar a inflação).
O segmento vem mantendo
ritmo de crescimento desde
2002, segundo a Abevd (associação do setor). O presidente
da entidade, Rodolfo Guttilla,
diz que, apesar dos números,
existe muito campo a explorar:
"O perfil no Brasil ainda é de
concentração nos segmentos
de higiene e cosméticos".
Características
No Brasil, o vendedor direto
é um profissional autônomo
que adquire produtos das empresas com até 30% de desconto com o objetivo de revender.
A maioria (83%) é mulher e
tem entre 18 e 49 anos. Para
Guttilla, a explicação está em
duas características femininas:
flexibilidade e familiaridade
com os produtos. Entre as facilidades, não há limite de vagas e
a maioria recebe treinamento.
"A única coisa de que meus
filhos reclamam é que não tenho fim de semana", afirma
Edinete Bitencourt da Silva, 47,
promotora da Hermes. Ela, por
outro lado, comemora até
quando é "arrancada" da cama.
Silva começou como revendedora: fez um cadastro na empresa e passou a oferecer produtos de utilidades domésticas
e roupas aos vizinhos e amigos.
Hoje, tem 70 revendedoras
sob sua responsabilidade e um
contrato de prestação de serviços com a Hermes. Como promotora (autônoma), recebe 5%
sobre as vendas de sua equipe.
Comprou um carro e tem uma
linha telefônica para o negócio.
Já Marcelo Serakides, 37, se
diz um profissional independente. De cliente da Tahitian
Noni (empresa que produz suco à base de noni, uma fruta do
Taiti) passou a vendedor e, no
primeiro mês, ganhou R$ 976.
O rendimento foi crescendo,
e ele abriu uma empresa, que
hoje reúne 4.000 vendedores.
"Quando comecei, tinha uma
dívida de R$ 25 mil. Agora, minha renda ultrapassa os R$ 50
mil [ao mês]", contrasta.
Para atingir um nível estável,
no entanto, o caminho é árduo.
Sem muita organização, planejamento e proatividade, dizem
os profissionais, é difícil destacar-se na multidão.
(RGV)
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