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SUA CARREIRA
ANALISTA DE INVESTIMENTOS ON-LINE
Especialista em finanças é procurado
Economia aquecida contribui para aumento da demanda por analista
DE SÃO PAULO
O crescente interesse de
leigos por investir na Bolsa
de Valores abre oportunidades para o analista de investimentos on-line.
"Com a economia aquecida e as projeções da Bolsa, os
novos investidores precisarão de mais analistas para direcionar ações no mercado",
sinaliza Lucy Sousa, presidente da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), entidade
reguladora da profissão.
Boa parte da categoria é
composta de jovens, como
Francisco Nogueira, 26, que
trabalha há dois anos na corretora Coinvalores.
Profissionais como Nogueira avaliam as cotações
de moedas, os índices das
Bolsas de Valores e da inflação, a taxa de juros e os rendimentos de fundos de rentabilidade como a poupança
ou o CDB (Certificado de Depósito Bancário). A partir
dessa análise, orientam
clientes sobre como investir.
O auxílio pode ocorrer pessoalmente, por telefone ou
por ferramentas de bate-papo da internet, como o MSN.
Os números da Apimec
confirmam o interesse de
profissionais pela área.
Foram concedidos 195
CNPIs (Certificado Nacional
do Profissional de Investimento) em 2009. No ano anterior, 143, e em 2007, 57, segundo a instituição. Neste
ano, foram cadastrados 92
novos analistas.
Em setembro, a BM&FBovespa lançou o programa
"Quer ser sócio?", que visa
aumentar o número de investidores na Bolsa de Valores.
A meta é alcançar 5 milhões
em cinco anos -atualmente
são cerca de 600 mil.
O programa é focado em
pessoas físicas, que geralmente necessitam de orientações sobre o funcionamento
do mercado de capitais.
FERRAMENTAS ON-LINE
Apesar do crescimento do
número de profissionais,
existe uma ameaça à abertura de postos de trabalho.
Algumas ferramentas oferecem o mesmo serviço prestado pelos analistas de investimentos. Um exemplo disso
são os algoritmos, sistemas
que operam a negociação
sem a necessidade de que alguém tome a decisão de compra ou venda de ações.
Angelo Larozi, 36, analista
de investimentos da corretora Spinelli não parece preocupado com o mecanismo.
"Não acho que serei prejudicado. A experiência de
mercado é fundamental",
complementa Larozi.
Já o diretor-superintendente da Ancor (associação
de corretoras), Carlos Eduardo Lofrano, diz que as ferramentas ajudam e podem ser
mais rápidas que o analista.
"Mas sempre será necessária a pessoa para pensar cuidadosamente no investimento mais adequado ao cliente", opina Lofrano.
(BB)
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