São Paulo, domingo, 03 de dezembro de 2006

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A passeio

Aulas são recheadas com cultura e esporte

Cursos combinados aliam idioma a atividades como fotografia e dança

FLAVIA GALEMBECK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A viagem de estudos pode servir para aprimorar -ou aprender- outras habilidades além da lingüística. Com duração de duas semanas a três meses, os cursos combinados agregam atividades culturais ou esportivas ao aprendizado do idioma e ajudam a torná-lo mais prático.
Eles reúnem participantes de diversas partes do mundo, de todas as idades, e são oferecidos durante todo o ano.
O primeiro critério para a escolha da atividade é o nível de intimidade do aluno com o idioma estrangeiro. "Indicamos aos iniciantes que optem por atividades esportivas, como mergulho, surfe e esportes radicais. As atividades culturais exigem que a pessoa tenha, ao menos, nível intermediário", explica a diretora da agência SIP (Student International Programs), Cláudia Farina.
Ela diz que estudantes na faixa dos 20 anos preferem esportes, e os que têm mais de 30, cursos culturais, em especial os ligados a gastronomia e vinhos.
As combinações culturais são as mais variadas possíveis, desde o tradicional inglês e literatura, passando pela dobradinha italiano (ou francês) e gastronomia (ou vinhos), em alta, até o exótico, porém ainda pouco visitado, chinês e tai chi chuan e pintura chinesa (confira alguns no quadro ao lado).
Segundo agências que oferecem os programas, os viajantes geralmente buscam um curso que sirva como hobby.
Foi o que fez a advogada Maria Elisa Vasconcelos, 45, que embarcou rumo a Cuba com o objetivo de estudar espanhol e fazer aulas de mergulho e de salsa por duas semanas.
"Queria férias diferentes e divertidas. Consegui", resume Vasconcelos, que achou o curso fraco. "Dá para aprender bastante sobre a cultura. Da língua, o suficiente para fazer compras e freqüentar restaurantes."
Já a artista plástica, decoradora de interiores e bancária aposentada Ana Maria Borgatto resolveu unir o útil ao agradável em um curso de decoração de interiores e italiano em Milão, por um mês.
"O curso de decoração foi um reforço do que aprendi. Mas gostei muito por outro motivo: os amigos que fiz e que vejo até hoje. Como às sextas-feiras não tínhamos aula, viajávamos juntos pelo país e, assim, conhecemos Roma e Verona, entre outras cidades", explica Borgatto, que estudou italiano por um ano antes de embarcar.

Conhecendo gente
Segundo a diretora da SIP, muitas pessoas que viajam desacompanhadas encontram nos combinados uma forma de conhecer pessoas e fazer novas amizades. Não é à toa que o destino favorito entre os divorciados e os solteiros seja o México, que oferece a opção mergulho, espanhol, dança e introdução à rica cozinha mexicana na Playa Del Carmen, próxima a Cancún. É balada na certa.


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