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A passeio
Aulas são recheadas com cultura e esporte
Cursos combinados aliam idioma a atividades como fotografia e dança
FLAVIA GALEMBECK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A viagem de estudos pode
servir para aprimorar -ou
aprender- outras habilidades
além da lingüística. Com duração de duas semanas a três meses, os cursos combinados agregam atividades culturais ou esportivas ao aprendizado do
idioma e ajudam a torná-lo
mais prático.
Eles reúnem participantes
de diversas partes do mundo,
de todas as idades, e são oferecidos durante todo o ano.
O primeiro critério para a escolha da atividade é o nível de
intimidade do aluno com o
idioma estrangeiro. "Indicamos aos iniciantes que optem
por atividades esportivas, como mergulho, surfe e esportes
radicais. As atividades culturais
exigem que a pessoa tenha, ao
menos, nível intermediário",
explica a diretora da agência
SIP (Student International
Programs), Cláudia Farina.
Ela diz que estudantes na faixa dos 20 anos preferem esportes, e os que têm mais de 30,
cursos culturais, em especial os
ligados a gastronomia e vinhos.
As combinações culturais são
as mais variadas possíveis, desde o tradicional inglês e literatura, passando pela dobradinha
italiano (ou francês) e gastronomia (ou vinhos), em alta, até
o exótico, porém ainda pouco
visitado, chinês e tai chi chuan
e pintura chinesa (confira alguns no quadro ao lado).
Segundo agências que oferecem os programas, os viajantes
geralmente buscam um curso
que sirva como hobby.
Foi o que fez a advogada Maria Elisa Vasconcelos, 45, que
embarcou rumo a Cuba com o
objetivo de estudar espanhol e
fazer aulas de mergulho e de
salsa por duas semanas.
"Queria férias diferentes e divertidas. Consegui", resume
Vasconcelos, que achou o curso
fraco. "Dá para aprender bastante sobre a cultura. Da língua,
o suficiente para fazer compras
e freqüentar restaurantes."
Já a artista plástica, decoradora de interiores e bancária
aposentada Ana Maria Borgatto resolveu unir o útil ao agradável em um curso de decoração de interiores e italiano em
Milão, por um mês.
"O curso de decoração foi um
reforço do que aprendi. Mas
gostei muito por outro motivo:
os amigos que fiz e que vejo até
hoje. Como às sextas-feiras não
tínhamos aula, viajávamos juntos pelo país e, assim, conhecemos Roma e Verona, entre outras cidades", explica Borgatto,
que estudou italiano por um
ano antes de embarcar.
Conhecendo gente
Segundo a diretora da SIP,
muitas pessoas que viajam desacompanhadas encontram
nos combinados uma forma de
conhecer pessoas e fazer novas
amizades. Não é à toa que o destino favorito entre os divorciados e os solteiros seja o México,
que oferece a opção mergulho,
espanhol, dança e introdução à
rica cozinha mexicana na Playa
Del Carmen, próxima a Cancún. É balada na certa.
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