São Paulo, domingo, 04 de janeiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Seleção de prioridades não deve assumir tom burocrático, o que pode invalidar planejamento Programa bom é o que pode ser atualizado Fernando Moraes/Folha Imagem Fabiana Schaepper planejou saída de finanças para marketing FREE-LANCE PARA A FOLHA Um bom planejamento de carreira é aquele que, além de estabelecer metas, tem maleabilidade. "O meu objetivo precisa estar relacionado com minhas características: o que sou e o que quero; ser factível e estar de acordo com as demandas do mercado, que podem mudar -e efetivamente mudam. Por isso ser flexível é hoje um dos atributos mais valorizados nas empresas", define Luciana Sarkozy, da Career Center. "Se o profissional começa a colocar muitos detalhes, o planejamento se torna burocrático e chato. Daí para não cumpri-lo é um passo", emenda Paulo Kretly, da consultoria FrankleyCovey. No momento de priorizar metas, Marcelo Mariaca, da Mariaca & Associates, recorda que o melhor é tentar progredir na empresa atual que partir para uma outra. "Os jovens geralmente têm a idéia falsa de que mudar sempre vai ser a melhor solução, mas nem sempre isso acontece. Quem sai abre mão do patrimônio de alguns anos na companhia." Recém-formado Para o profissional em início de carreira, Sarkozy diz que há um grande desafio a enfrentar: se, por um lado, nunca houve tantas possibilidades de crescer rapidamente, por outro, nunca houve um nível tão baixo de oportunidades. "Para quem quer seguir a carreira de executivo, quanto mais cedo identificar a área de interesse, tiver um foco e investir nesse foco, mais chances terá de sucesso." Consequentemente, uma das prioridades num planejamento para um jovem seria aproveitar o período da faculdade para conhecer melhor as diferentes possibilidades e participar de programas de trainee para atuar nas várias áreas que cada carreira oferece. Jovem ou experiente, uma dica comum é conversar sobre seus planos e estratégias com profissionais do mercado -que trabalhem ou não em sua área. Alguém de fora, que não esteja emocionalmente envolvido naqueles projetos, e em quem você confie, pode dar orientações objetivas sobre as metas, além de opinar sobre setores em evidência no mercado. Texto Anterior: Consultora leva planos a sério Próximo Texto: Demissão ajuda a repensar carreira Índice

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