S?o Paulo, domingo, 05 de junho de 2011

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Profissional pode mapear dispensa

Menor participação em projetos de longo prazo e falta de aumento salarial são sinalizações

DE SÃO PAULO

As dispensas são cada vez menos surpreendentes para quem é demitido. "Feedbacks" negativos e exclusão de projetos de longo prazo são alguns sinais que permitem ao executivo identificar se o seu posto está em perigo.
Não ser mais considerado para novos planos e programas é um dos indicativos de desligamento pontuados por Fabiana Queiroz de Souza, diretora de operações da consultoria D.Queiroz, de recolocação de profissionais.
"Além de perceber se está sendo colocado 'na geladeira', o executivo deve acompanhar se o que foi prometido em relação a promoções e aumentos salariais vem sendo cumprido", indica Souza.
Aliado a isso, é preciso ponderar a área de atuação. Profissionais fora da atividade-fim são, geralmente, considerados "menos necessários" do que os ligados ao coração da companhia.
Mas, se a corporação dá sinais de que o profissional será demitido, há movimentos que podem agilizar a recolocação ""especialmente agora, com o mercado mais aquecido do que na época da crise.
Uma das indicações de especialistas é participar de redes sociais e estar em contato com profissionais da mesma área de atuação e colegas.
Até o local de almoço deve ser escolhido pelos contatos que pode oferecer, avalia a diretora da divisão de "outplacement" da consultoria Career Center, Vera Vasconcellos.

SEM PREPARAÇÃO
"Circular em ambientes como associações profissionais, andar por eventos e escolher o shopping certo para almoçar podem aumentar a exposição de um executivo que queira mudar de emprego, sem que ele precise ser ostensivo e ficar mal visto na empresa em que trabalha."
Apesar de contar com uma rede de contatos "razoável", José Ferrari, 50, que era diretor de uma indústria química, diz ter se sentido despreparado para voltar ao mercado ao ser desligado, em 2010.
Na empresa havia 26 anos, ele afirma que não sabia como agir. Era a primeira vez que estava desempregado.
Por quatro meses, Ferrari foi auxiliado por uma consultoria de recolocação. Refez o currículo e comunicou-se com a rede de contatos.
Após 19 processos seletivos e 550 currículos enviados, ele conseguiu uma vaga como diretor de "supply chain" (cadeia de suprimentos) em uma indústria. "O que me ajudou [na recolocação] foi ter bom currículo, pois sempre fiz cursos para me manter atualizado", avalia o executivo.


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