S?o Paulo, domingo, 05 de junho de 2011

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Livros digitais demandam cineastas e animadores

Especialista em mídia eletrônica é requerido em mercado de obras didáticas

DE SÃO PAULO

Com a migração de parte do conteúdo dos livros para o meio digital, um novo perfil profissional começa a ganhar espaço nas editoras: os especialistas em áreas como cinema, animação em 3D e arquitetura da informação.
São eles os responsáveis por criar conteúdo digital para complementar obras em papel. "Recursos de áudio, vídeo e animação visam facilitar o aprendizado", explica Gabriela Dias, responsável pela área de tecnologia educacional da Editora Moderna.
Formada em comunicação e habilitada em editoração pela USP (Universidade de São Paulo), Dias ingressou na editora em 2007. Dois anos depois, a empresa deu início ao departamento de tecnologia educacional, que produz material digital e, atualmente, emprega 30 funcionários.
É a mesma média de empregados da área da Abril Educação responsável por mídias digitais, que é gerenciada pela jornalista Camila Carletto, 32. "Tive medo no início porque não conhecia a tecnologia", explica ela.
A falta de experiência, no entanto, foi positiva. "Trouxe um olhar do público, que nem sempre é letrado em novas mídias", diz Carletto, que assumiu a chefia após cursar pós-graduação na Espanha.
A disposição para aprender e aperfeiçoar-se é requisito para quem quer trabalhar com plataformas digitais, de acordo com Ana Teresa Ralston, diretora de tecnologia de educação da Abril Educação, e Fábio Biazzi, diretor de RH da Editora Moderna.
Na opinião de Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro, é preciso conhecer bem o livro tradicional para "ter a medida do que será transposto para a plataforma eletrônica".

NICHOS
O movimento para a criação de departamentos de mídias digitais por enquanto está restrito a editoras de livros didáticos, segundo Dias.
Já na seara de "audiobooks" e obras para deficientes visuais, há demanda fora do universo escolar.
Pedro Milliet, 56, responsável pela arquitetura da informação da Fundação Dorina Nowill (de inclusão de pessoas com deficiência visual), criou projeto para automatizar a migração de obras em papel para livros acessíveis.São contratados dubladores com interpretação "delicada e sem exagero", diz ele.
(JV)


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