|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
recursos humanos
Empresas adotam ações anticrise contra gripe suína
Para evitar contágio, colaboradores passam por quarentena em casa
ANDRÉ LOBATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com a confirmação da primeira morte no Brasil em razão
da gripe A (H1N1) e o aumento
do contágio na maioria dos Estados, algumas empresas passaram a usar sua infraestrutura
para lidar com desastres como
forma de conter o avanço da
doença entre os funcionários.
Os planos de contingência,
como são conhecidos, servem
para diversos tipos de situação,
como incêndios, atentados terroristas, panes e alagamentos.
Mas, diferentemente de um
ataque de hackers ou de uma
pane no sistema de computadores, uma epidemia atinge as
empresas na parte que inutiliza
todas as outras: as pessoas.
Para evitar que um funcionário com risco de contágio transmita o vírus, é preciso também
deslocar os colaboradores
com os quais ele teve contato.
O suspeito da doença deve ser
encaminhado ao hopital, e os
empregados que estiveram expostos devem ser enviados para
casa sob monitoramento.
A distância
Um plano eficaz de contingência permite que os profissionais em quarentena operem
a distância, explica Paulo Beck,
executivo da Xcorp Internacional, que presta consultoria em
continuidade de negócios. "Pode ser necessário, por exemplo,
um sistema que permita acesso
remoto aos aplicativos internos
da empresa", exemplifica.
Foi o que aconteceu com a
Comgás, de São Paulo, na semana retrasada. Após isolar um
andar inteiro e enviar 124 empregados para período de quarentena em casa, a empresa
continuou operando sem prejuízo ou risco de contágio.
A contingência começou depois de a Comgás detectar
um funcionário com suspeita
de gripe A. Ele foi orientado
para um hospital de referência
e "antes mesmo da confirmação, o plano de contingência fora acionado", conta Edson Moro, superintendente de segurança e saúde da empresa.
Cada um dos funcionários
em quarentena foi monitorado
diariamente, por telefone, com
questionário médico. "Não detectamos reação em termos de
pânico pelo fato de, antes, termos dado todas as informações
necessárias", afirma Moro.
Enviados para quarentena na
quarta-feira, os profissionais
retornaram na segunda, com
exceção de dois -o diagnosticado com gripe e um segundo
que teve mais contato com ele.
Outro ponto que Beck destaca é o que fazer em caso de contágio generalizado. "É possível
que uma empresa precise manter seu profissional insubstituível isolado. Nesse caso, pode-se
perguntar, por exemplo, o que
fazer com sua família."
Assista ao vídeo em que o
especialista Paulo Beck dá
dicas sobre prevenção
www.folha.com.br/091841
Texto Anterior: Mural Próximo Texto: Contingência Índice
|