São Paulo, domingo, 05 de agosto de 2007

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sua carreira - diplomacia

Profissão ganha visibilidade e abre mais vagas a novato

Com salário inicial de R$ 7.000, área atrai 8.000 ao ano

Sergio Lima - 12.dez.03/Folha Imagem
A médica Marise Guebel é diplomata brasileira na Argentina


ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Defender os interesses nacionais está em alta. A maior visibilidade brasileira no cenário mundial e a necessidade de interlocutores tupiniquins no comércio exterior têm dado destaque à carreira diplomática.
Uma profissão considerada glamourosa, a diplomacia reserva a seus profissionais parte dos benefícios mais desejados no universo corporativo: estabilidade, salário inicial acima de R$ 7.000, vivência internacional e pós-graduação, além, é claro, de viagens constantes.
A boa notícia é que está mais fácil entrar para esse seleto grupo. O governo brasileiro pretende ampliar de 1.000 para 1.400 o número de seus diplomatas. O reflexo disso é a expansão no número de vagas ofertadas no concurso público anual do Itamaraty -o único meio de acesso à carreira.
Até 2005, eram oferecidas cerca de 30 vagas ao ano. Esse número saltou para 105 em 2006 e deve permanecer nesse patamar pelos próximos seis anos, diz o coordenador de admissão, Geraldo Tupynambá.
Dos aprovados, 47% têm de 26 a 30 anos. Da turma de 101 diplomatas que tomaram posse na semana passada, 30 têm formação em direito, 23 em relações internacionais e 18 são jornalistas. Mas o concurso é aberto a qualquer candidato com diploma superior.
A diplomata Marise Nogueira Guebel, 42, por exemplo, é médica. "Estava fazendo um balanço da minha vida e decidi mudar", conta ela, que está alocada na embaixada brasileira em Buenos Aires há sete meses.
Guebel, aprovada em 2003, se preparou durante um ano para a prova por meio de pós-graduação em negociações internacionais e aulas particulares específicas para o concurso. Nesse período, continuou exercendo a medicina e cuidando das duas filhas pequenas.
"Há muitos mitos a serem vencidos por aqueles que querem ser diplomatas. O primeiro, o de que é "impossível" ser aprovado no concurso. O segundo, o de que é uma carreira em que se entra por indicação."
O nível de dificuldade da prova e o número de candidatos -que chegou a 8.800 neste ano- são os responsáveis por assustar os pretendentes.
"Mas tem aumentado muito o número de interessados", atesta Sidney Ferreira Leite, coordenador da pós-graduação preparatória para diplomacia da Trevisan. "O Itamaraty espera que seu diplomata seja uma força motriz capaz de incentivar negócios no exterior."


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